Carregamento partiu para Moçambique; a ONU disse também que os preços dos fertilizantes aumentaram impressionantes 250% desde antes da pandemia
A Rússia doou 260.000 toneladas de fertilizantes produzidos por ela que estavam em portos e armazéns europeus para uso de agricultores na África, disseram as Nações Unidas na última terça-feira. Conforme anunciado pelas Nações Unidas, este primeiro carregamento de 20 mil toneladas de fertilizantes é transportado por um navio fretado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) que se dirige para Moçambique e terá como destino final o Malawi.
O carregamento, que deveria ter saído na semana passada, é o primeiro de uma série de fornecimentos de fertilizantes russos a países africanos que estavam bloqueados em portos europeus e que foram doados por uma empresa russa.
No total, a doação é de 260 mil toneladas e, segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, vai ajudar a “aliviar as necessidades humanitárias e evitar uma perda catastrófica de colheitas em África, em plena época de sementeira”. A iniciativa faz parte do acordo que a Ucrânia e a Rússia selaram em julho passado, com o apoio da Turquia e da ONU, e que também permitiu a retomada das exportações de cereais ucranianos pelo mar Negro.
Segundo o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric “as doações servirão para aliviar as necessidades humanitárias e evitar perdas catastróficas de colheitas na África”. Atualmente o país se encontra em temporada de plantio. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, os preços mundiais de fertilizantes, que já estavam inflacionados devido à pandemia da COVID-19, subiram ainda mais, em parte devido às cotas que Moscou impôs às exportações de fertilizantes, dizendo que queria o suficiente para seus próprios agricultores.
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Embora as sanções dos países ocidentais contra a Rússia não afetem alimentos e fertilizantes, segundo Moscovo, as suas exportações deste tipo de produtos foi praticamente paralisada devido a restrições de empresas de logística ou dificuldades em garantir os carregamentos.
A ONU disse também que os preços dos fertilizantes aumentaram impressionantes 250% desde antes da pandemia em 2019. Vale lembrar que a Rússia é um dos principais exportadores globais de fertilizantes.
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