Ataque da Rússia no território, destruiu silos de milho e estoques de alimento, gerando uma perda bilionária e, com isso, oferta mundial do cereal terá grande impacto negativo!
Um depósito de alimentos na cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, foi destruído em um ataque com mísseis russos nesta segunda-feira (20/06), mas nenhum civil foi morto, disseram militares ucranianos, apontou a Reuters. A Ucrânia é uma das potências na produção de grãos, sendo ela uma das grandes exportadoras do cereal para o mundo.
Infelizmente, após os ataques russos, vários silos que estavam com milho e outros alimentos, prontos para exportação, foram atacados por mísseis e destruiu todo o produto, causando um prejuízo bilionária.
O Comando Operacional “Sul” afirmou que as forças russas dispararam 14 mísseis no sul da Ucrânia durante três horas com “raiva impotente pelo sucesso de nossas tropas”. Os militares da Rússia não comentaram imediatamente os relatos.
Explosões abalaram Odessa depois que o chefe instalado pela Rússia da região da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, disse que forças ucranianas atacaram plataformas de perfuração de uma empresa de petróleo e gás da Crimeia no Mar Negro, na costa sul da Ucrânia. Três pessoas ficaram feridas e sete trabalhadores estavam sendo procurados, afirmou ele no aplicativo de mensagens Telegram.
A agência de notícias russa RIA Novosti disse que as plataformas de perfuração ficavam localizadas a 71 km de Odessa. A Reuters não conseguiu verificar imediatamente os relatos do ataque.
O bloqueio da Rússia às exportações de cereais ucranianos é um “verdadeiro crime de guerra”, denunciou o chefe da diplomacia europeia aos jornalistas antes de um encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco, esta segunda-feira.
“É inconcebível. Não se pode imaginar que milhões de toneladas de trigo continuem bloqueadas na Ucrânia enquanto no resto do mundo as pessoas passam fome”, acrescentou Borrell, pedindo à Rússia que desbloqueie os portos.
Ataques são intensificados
A Rússia intensificou os ataques contra as regiões de Kharkiv e Donetsk, no nordeste e leste da Ucrânia, nesta segunda-feira (20).
Os 27 países da União Europeia discutem a candidatura da Ucrânia ao bloco em poucos dias. Esta semana deve ser de intensa atividade em torno da possibilidade de adesão da Ucrânia.
Os países se reúnem na quinta e sexta-feira para decidir se o país pode receber o status de candidato a membro do bloco, decisão que deve ser tomada por unanimidade.
Diminuição na oferta de milho à China
As importações chinesas de milho da Ucrânia caíram em maio em comparação com um ano atrás, mostraram dados alfandegários nesta segunda-feira, depois que o conflito com a Rússia cortou os embarques.
A China, o maior importador mundial de milho, trouxe 126.727 toneladas do grão amarelo da Ucrânia, versus 1,26 milhão de toneladas um ano atrás, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.
A China havia importado 695.585 toneladas de milho da Ucrânia em abril. As exportações de grãos da Ucrânia, grande produtor e exportador no mercado global, foram cortadas depois que a Rússia invadiu o país europeu no final de fevereiro.
Pequim tem buscado alternativas de milho de outras origens, inclusive permitindo cargas de Mianmar e abrindo caminho para embarques brasileiros – ainda pendentes por questões de equivalência transgênica.
A China trouxe 1,9 milhão de toneladas de milho dos EUA em maio, ligeiramente acima de 1,89 milhão de toneladas um ano atrás, mostraram dados alfandegários. Nos primeiros cinco meses, as cargas de milho dos EUA chegaram a 6,37 milhões de toneladas, em comparação com 6,67 milhões de toneladas um ano antes. Os embarques da Ucrânia durante o período foram de 4,82 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 4,99 milhões de toneladas do ano anterior, segundo os dados.
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As importações de milho pela China em maio de todas as origens caíram 34,1% em relação ao ano anterior, enquanto os embarques de janeiro a maio caíram 2,9%, de acordo com dados alfandegários divulgados no fim de semana.
A demanda chinesa por grãos para ração, incluindo milho, está sob pressão, pois as baixas margens da indústria de carnes reduziram o apetite de produtores, enquanto as medidas para combater a Covid-19 interromperam o comércio normal de ração.