
No trimestre fevereiro, março e abril o volume de chuva foi baixo e na Fronteira Oeste e em parte da Campanha e Zona Sul foi mais grave.
A safra 19/20 foi de perdas em várias culturas no Rio Grande do Sul. De acordo com a Conab o milho 1º safra registrou queda de 31,8%, quase 2 milhões de toneladas a menos; a soja teve quebra de 43,4%, ou 9 milhões de toneladas a menos.
A grande explicação está no clima. No trimestre fevereiro, março e abril o volume de chuva foi baixo e na Fronteira Oeste e em parte da Campanha e Zona Sul foi mais grave ainda com o déficit persistindo por cinco meses consecutivos. Índices de estiagem parecidos foram registrados na safra 2004/2005 e na 2011/2012. Nesta última a falta de chuvas durou seis meses, de novembro a abril. Essa é a análise feita em um relatório divulgado pelo Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) feito pela meteorologista Jossana Cera.
Março e abril são meses em que as chuvas começam a retornar, de forma mais frequente e volumosa, mas neste ano isto não ocorreu o que impactou também o setor da pecuária e pastagens. 408 municípios decretaram situação de emergência devido à estiagem até 29 de junho, conforme a Defesa Civil.
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A meteorologista alerta que o produtor precisa ter em mente que nem todas as safras registrarão índices de radiação solar superelevados. Os produtores de soja, que necessitam de chuvas para suprir a demanda hídrica das lavouras, precisam ter em mente que nem todas as safras terão chuvas suficientes, como vinha ocorrendo nas últimas sete safras. “Adequar época de semeadura, ciclo de cultivares coerentes com as épocas de maior disponibilidade de radiação solar ou precipitações, investir em sistemas adequados e eficientes de irrigação são fatores que os produtores precisam levar em consideração para mitigar possíveis obstáculos que o clima possa vir a oferecer”, aponta o relatório.
As informações são do Agrolink, adaptadas pela Equipe MilkPoint.