RS: medidores de umidade de grãos são verificados pelo Inmetro

O trabalho tem o intuito de aumentar a abrangência das ações do Inmetro na área de beneficiamento, armazenagem e comercialização de grãos.

Desde segunda-feira, a Superintendência do Inmetro no Rio Grande do Sul (SURRS) está realizando a verificação subsequente em medidores de umidade de grãos. Pelo menos 50 equipamentos serão verificados, oriundos de cooperativas, empresas que fazem armazenamento e secagem, entre outros estabelecimentos que comercializam grãos na região de Passo Fundo.

Os medidores de umidade são utilizados na determinação do teor de umidade encontrada na soja, no milho, no feijão, no café e arroz, culturas que contribuem em grande parte com a economia do Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores do Brasil.

De acordo com o responsável pelo Subgrupo de Instrumentos de Medição do Inmetro no Rio Grande do Sul, Cristol de Paiva Gouvêa, o trabalho vem sendo realizado com o intuito de aumentar a abrangência das ações do Inmetro na área de beneficiamento, armazenagem e comercialização de grãos. “Queremos ampliar as ações e garantir proteção econômica a todos os envolvidos nas transações de compra e venda de grãos, já que a umidade é o componente determinante no valor das safras em toda cadeia produtiva, da colheita à comercialização.

Segundo Cristol, o Inmetro no RS está convocando todos os detentores de instrumentos, independentes de marca, para que sejam feitas verificações em todos os equipamentos utilizados naquela região. Paralelamente a verificação subsequente em medidores, a Superintendência do Inmetro no Rio Grande do Sul realizou um treinamento aos servidores do Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro/SC) de forma a qualificar mais equipes para execução dessa atividade no Brasil.

A verificação dos medidores de umidade de grão geralmente é realizada em laboratório (por possibilitar maior controle das variáveis envolvidas nas medições) e existem dois métodos de medição: estufa ou por comparação. No método por comparação, amostras de grãos são inseridas no equipamento do laboratório para fazer a leitura do percentual de umidade existente nelas. Na sequência, grãos dessas mesmas amostras são colocadas no instrumento do usuário para que seja feita a leitura e os valores são então comparados.

O engenheiro agrônomo Roney Smoraleck, da Loc Solution, empresa que detém a marca Motomco de medidores de umidade de grãos, acompanha o trabalho do Inmetro em Passo Fundo e destaca que “as verificações subsequentes trazem mais segurança nas medições na hora da classificação dos grãos, em especial ao teor de umidade”. “Por isso, é extremamente importante verificar os equipamentos e mantê-los funcionando adequadamente”, complementa Smoraleck.

De acordo com ele, é fundamental conhecer o teor de umidade dos grãos em cada etapa do processo produtivo desde o momento da colheita até chegar à industrialização. “Se o teor de umidade não estiver entre 12% e 14%, percentuais estipulados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o valor final dos grãos poderá sofrer desconto substancial, porque o percentual de umidade é descontado do peso total da carga”, afirma Smoraleck.

Só para ter ideia, se o instrumento apresentar um erro de 1% em 100 mil toneladas de produto entregue, 1 mil toneladas seriam descontadas equivocadamente.

Fonte: AgroLink

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