O IICP de 2021 ficou bem acima do IPCA, o que significa que os custos de produção cresceram em maior velocidade que os preços gerais da economia ao consumidor.
Após registrar alta em todos os meses, o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) encerrou 2021 com um acumulado de 51,39%, o mais alto da história. Os dados foram divulgados pela Farsul nesta segunda-feira (24/01). Anteriormente, 2015 tinha a maior marca, com 14,56%. Somente em dezembro, o aumento foi de 4,09% em relação a novembro.
O resultado, muito acima do que já havia sido observado anteriormente, é reflexo, principalmente, da menor oferta de insumos agrícolas, que encarece os preços, junto com a alta taxa cambial. O IICP de 2021 ficou bem acima do IPCA, o que significa que os custos de produção cresceram em maior velocidade que os preços gerais da economia ao consumidor.
Já o Índice de Inflação dos Preços recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) teve uma alta de 1,19% em dezembro após três meses consecutivos de deflação. No acumulado, o indicador teve alta de 4,92% em 2021. O ano foi marcado pela elevação dos preços no primeiro semestre e queda no segundo.
O resultado ficou abaixo do IPCA Alimentos que chegou a 7,94%. Isso significa que o aumento dos preços na gôndola não está somente atrelado aos valores recebidos pelos produtores. Existe uma série de processos da porteira até o consumidor final que contribuem para a formação dos preços dos produtos alimentícios nas prateleiras.
Fonte: Farsul