Retrospectiva do agro 2024 e as tendências para 2025

Eventos extremos, como chuvas torrenciais e períodos prolongados de seca, afetaram drasticamente as plantações e as pastagens brasileiras, comprometendo a produção agrícola do país

O ano de 2024 trouxe desafios intensos para o agronegócio, tanto no Brasil quanto no restante do mundo, devido aos efeitos cada vez mais severos da crise climática. Eventos extremos, como chuvas torrenciais e períodos prolongados de seca, afetaram drasticamente as plantações e as pastagens brasileiras, comprometendo a produção agrícola do país.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a colheita de grãos sofreu um impacto significativo. Culturas como milho e soja, que são pilares do setor, registraram uma redução expressiva. A previsão inicial, que indicava uma produção de 322 milhões de toneladas, não se concretizou, e o volume final caiu para 298 milhões de toneladas.

O setor de carne bovina enfrentou mudanças significativas em 2024, marcadas por um aumento no abate de matrizes. Essa decisão, tomada por muitos empresários do agronegócio, foi uma tentativa de mitigar os impactos das dificuldades econômicas e financeiras que assolaram o segmento.

Apesar dos desafios, o Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário registrou um crescimento de 2%, impulsionado pelo uso de tecnologias avançadas e pela colaboração entre agricultores brasileiros. Esse esforço coletivo ajudou a manter o setor em movimento, mesmo diante de adversidades.

No âmbito das exportações agropecuárias, o cenário permaneceu estável, alcançando a marca de US$ 166 bilhões em 2024. Produtos como café, açúcar e celulose desempenharam um papel crucial, compensando perdas e garantindo a sustentação da balança comercial, conforme destacado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

Outro ponto que ganhou destaque foi a controvérsia envolvendo a exportação de carnes brasileiras e as exigências da União Europeia. O episódio teve como protagonistas os governos do Brasil e da França, além da rede Carrefour.

Após declarações do CEO da empresa, Alexandre Bompard, afirmando que as carnes do Mercosul não atendiam aos padrões de qualidade exigidos, a rede anunciou a suspensão das compras na região. A reação foi imediata: empresários brasileiros e o Governo Federal adotaram medidas de boicote à marca francesa, que acabou recuando e emitindo um pedido de desculpas ao Brasil e à cadeia produtiva nacional.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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