Dados da Conab apontam que a área na safra 2024 foi 11,9% inferior à anterior, somando 3,061 milhões de hectares.
Após quatro anos apresentando crescimento de área, produtores reduziram o cultivo de trigo em 2024. As desvalorizações ao longo de 2023 e perdas no campo diminuíram a rentabilidade e o apetite do produtor por elevar a área em 2024.
O lado positivo é que a produtividade teve recuperação parcial no ano, mantendo a oferta em linha com a observada em 2023. A demanda, por sua vez, se manteve firme, resultando em necessidade de importação. Dados da Conab apontam que a área na safra 2024 foi 11,9% inferior à anterior, somando 3,061 milhões de hectares.
Já a produtividade foi estimada em 2.634 kg/ha, 13% maior que a da temporada passada. Assim, a produção da safra de 2024 foi projetada em 8,064 milhões de toneladas, ligeira queda de 0,4% frente à de 2023.
Quanto aos preços, levantamento do Cepea mostra que tiveram ligeiras quedas no 1º trimestre de 2024. No 2º trimestre, as cotações encontraram sustentação nas valorizações externa e do dólar e também nas preocupações relacionadas ao cultivo de trigo no Sul do Brasil – vale lembrar que o Rio Grande do Sul atravessou uma catástrofe climática, que gerou expectativa de menor cultivo e/ou de impossibilidade de cultivo em parte do estado.
O período de entressafra também era motivo de sustentação de preços. Os maiores preços médios de 2024 foram registrados pelo Cepea em julho, impulsionados pela menor disponibilidade de trigo e pela demanda aquecida. Porém, nos meses seguintes, as importações crescentes acabaram exercendo pressão sobre as cotações, contexto que se prolongou até final do ano.
A partir do final do 3º semestre, o avanço da colheita e os estoques favoráveis nos moinhos reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.
Fonte: Cepea
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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