A valorização teve avanço em todas as categorias, entretanto, ela foi maior para as fêmeas, lotes chegaram a ultrapassar o valor de R$ 22/kg; Confira!
A pressão de baixa observada nos preços da arroba do boi gordo acabou cadenciando a fluidez no mercado da reposição na última semana. Apesar do baixo volume de animais negociados, os preços seguem com estabilidade em patamares elevados e com destaque para a categoria das fêmeas, que acabam puxando os valores para cima.
Segundo os dados divulgados nesta semana, pela Scot Consultoria, “devido ao cenário de pressão de baixa observada no boi gordo, o mercado de reposição trabalhou com o freio de mão puxado na última semana, e os preços fecharam em queda de 0,1%, ou seja, praticamente estáveis“, apontou ela.
Segundo o app da Agrobrazil, os preços seguem em valorização nas principais praças pecuárias do país. O que tem apontando que os pecuaristas da terminação estão buscando recompor seus estoques de animais na propriedade.
Entretanto, é preciso pontuar que apesar dos valores médios para as negociações no mês de abril terem fechado abaixo da média de março, o preço por kg do animal teve uma valorização de R$ 2,00/kg. Esses dados mostram, mais uma vez, que os pecuaristas estão negociando animais com peso baixo e valores elevados, o que preocupa ainda mais o desempenho deste animal na terminação.
Ainda segundo os dados abaixo, o bezerro na praça paulista teve uma alta superior a R$ 300/cab, comparando o preço de janeiro até o momento, lembrando que esse é valor médio, o que caracteriza que as negociações acima da referência seguem elevados.
O Indicador do Bezerro, segundo o Cepea, voltou a bater recorde para os animais na praça sul mato-grossense. Segundo o fechamento da última segunda-feira, 10, o valor do animal teve uma valorização diária de 0,78% e atingiu o patamar de R$ 3.097,01 por cabeça.
Preço com recorde nas fêmeas
A Sociedade Rural de Chopinzinho – município localizado na região sudoeste do Paraná – promoveu na tarde de 1º de maio o “Leilão Virtual do Trabalhador Gado de Corte”, com a oferta de bovinos de diversas raças e classificações.
Reunindo animais filmados em propriedades da região e lotes em pista no recinto de leilões, o evento comercial negociou 621 reses para cria, recria e engorda ao preço médio geral de R$ 3.446. O faturamento total foi de R$ 2,1 milhões.
Foi na batida do martelo que o preço das fêmeas chegou ao valor recorde da semana. O lote de novilhas, com peso médio de 390,00 kg atingiu o patamar de preço de R$ R$ 8.700,00/cab. Sendo assim, o valor por kg é de R$ 22,30/kg.
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Uma coisa é certa, o ciclo pecuário segue pressionando os preços e deve continuar sua trajetória ainda neste ano, com uma maior oferta de animais para reposição ao longo de 2022, diante do grande volume de fêmeas que vem sendo retido pelos pecuaristas.
O atual poder de compra de pecuaristas paulistas frente ao milho é o pior desde junho de 2016. Além desse fator, os valores da reposição seguem em patamares elevados, deixando a relação de troca do boi gordo frente ao bezerro sendo a pior da série histórica do Indicador do Cepea. Pecuarista que não fizer planejamento e montar estratégia, poderá amargar grande prejuízo!