Alguns estudiosos afirmam que a origem da raça Piemontesa foi do cruzamento natural entre o zebu paquistanês e o gado Aurocks da região do Piemonte, no Norte da Itália.
Entre 1965 e 1985, o Piemontês passou de 24% do rebanho total italiano para 53%, enquanto as demais raças decaíram de 1,56 para 0,55 milhões (Romagnola, Chianina, Mar-chigiana, Maremmana e Podólica). Hoje existem 350.000 cabeças da raça Piemontesa, mais que todas as demais raças italianas juntas. A coloração da pelagem de palha mudou para cinza nos machos adultos.
Os machos pesam em média entre 750 e 900 kg e as fêmeas entre 450 e 600 kg. Na Itália ou em outros países, é uma raça de fácil engorda.
Em geral, o Piemontês garante um rendimento de carcaça acima de 65%, podendo chegar a 72%. O rendimento de músculos chega a 84%, significando 432 kg de carcaça aos 16 meses de idade.
A raça Piemontesa apresenta uma produção leiteira média de 2.300 litros em 305 dias, com recordes de 5.000 litros. São famosos os queijos produzidos com o leite da raça, tais como Bra e Castelmagno, seguidos por Murozzano e Raschera A raça Piemontesa foi introduzida no Brasil em 1974, em Araçatuba, São Paulo. Nesse mesmo ano, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores da Raça Piemontesa.
Os produtos machos ½ sangue Piemontês + ½ sangue de Nelore pesam em média 388 kg no desmame, em regime de pasto. A raça Piemontesa está presente em todas as regiões brasileiras, em rebanhos puros ou em cruzamentos industriais
A raça Piemontesa foi introduzida no Brasil em 1974, em Araçatuba, São Paulo. Nesse mesmo ano, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores da Raça Piemontesa. O rendimento de músculos chega a 84%, significando 432 kg de carcaça aos 16 meses de idade.
A análise química da carne mostra que a média de colesterol no Piemontês é de 44,0 mg para cada bife de 100 gramas, enquanto que a média dos bovinos em geral é de 63,9% ( suínos = 79,0 mg; frangos = 74,0 mg; vitelo = 84,0 mg). Um bife de 100 gramas apresenta 2,9 gramas de gordura, contra 0,87 gramas na raça Piemontês.
Características da raça
O gado Piemontês atual é o melhor exemplo da característica de dupla musculatura, com ossos e pele fina. Como resultado o Piemontês tem o melhor rendimento de carcaça e melhor porcentagem de cortes de todas as raças. O Piemontês é uma raça moderna. Sua produção de carne é diferenciada porque agrada os consumidores e atende as exigências dos produtores.
Há tendências que no futuro dominarão as raças (como Piemontês) que apresentem bom rendimento a qualquer idade, precocidade, alta conversão alimentar e produzem carne com baixo teor de gordura. A habilidade materna e uma boa produção de leite são também características dominantes nas fêmeas mestiças.
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A Raça Piemontesa tem contribuído exatamente aumentando os índices zootécnicos produtivos e reprodutivos naquelas propriedades nas quais está sendo utilizada.
A recomendação, que podemos generalizar aos pecuaristas brasileiros, é que utilizem o touro piemontês sobre vacas zebuínas, principalmente. Em muitos casos, como uma das raças participantes de um tricross, também é recomendada. Nossa própria experiência comprova que em dez anos de cruzamento com o nelore não houve um único registro de problema de parto e, em compensação, o aumento no rendimento de carcaça foi, e tem sido, da ordem de 14% e a redução na idade de abate da ordem de 40% .
A este fenômeno damos o nome de realidade brasileira.
É muito fácil apontar defeitos e recomendar atitudes do tipo “não façam isto porquê não vai dar certo”. A pouco assistida categoria dos pecuaristas brasileiros precisa de contribuições positivas e soluções que resolvam seus problemas. É necessário arriscar e é imprescindível acertar, se quisermos recomendar alguma coisa boa para alguém. Felizmente, neste caso, o grupo de criadores de piemonteses do Brasil que fazem o puro ou cruzam com a raça tem esta prerrogativa, pois arriscaram e acertaram.