Relatório do USDA movimenta mercado de grãos

Com forte redução nas estimativas de estoques nos EUA divulgado pelo USDA, os preço dos grãos em Chicago romperam os US$ 5,00/bu e os US$ 14,00/bu.

Com a forte alta observada em Chicago na terça-feira, o preço do milho em São Paulo continuou firme apesar do recuo do dólar. Os produtores que ainda detêm milho forçam a pedida nos R$ 85,00/sc, no entanto, a maioria dos negócios no estado paulista acontecem na casa dos R$ 84,00/sc. Na B3, o vencimento para março/21 fechou o dia com valorização de 2,55%, no maior valor da história, cotado a R$ 88,88/sc.

O tão aguardado relatório de oferta e demanda do USDA trouxe fundamentos ainda mais restritos para o milho norte-americano. O corte de 8 milhões de toneladas na produção de cereal dos EUA surpreendeu o mercado, que aguardava algo em torno de 2 milhões de toneladas.

Com isso, os estoques norte-americanos de milho caíram para 39,42 milhões de toneladas, o menor desde a safra 13/14. Diante disso, a cotação do cereal na CBOT para março/21 avançou no limite de alta, subindo 5%, e ficando cotado a US$ 5,17/bu.

Soja

Desta vez impulsionada pelos avanços observados em Chicago, o preço da soja no Brasil acelerou seus ganhos e rompeu finalmente o patamar dos R$ 170,00/sc. Ainda assim, tal valor atua mais como balizador, visto que praticamente não há oleaginosa no mercado interno brasileiro. As referências para negócios da safra 20/21 já circulam os R$ 160,00/sc em algumas partes do país.

Nos EUA, a cotação da oleaginosa na CBOT com vencimento para março/21 avançou 3,33% na terça-feira, fechando o dia cotada a US$ 14,18/bu. A redução de cerca de 1 milhão de toneladas na produção norte-americana de soja divulgada pelo USDA auxiliou para que a soja avançasse com força e rompesse os US$ 14,00/bu.

A perspectiva de racionamento aumenta conforme os estoques de soja nos EUA vão se reduzindo a níveis ínfimos

Boi Gordo

Terça-feira de avanços no mercado spot de boi gordo. Em consequência da escassez de animais prontos para preencher as programações de abate, os frigoríficos se veem na posição de fazer ofertas maiores para concluir negociações, que, ainda assim, são raras. Em São Paulo, as escalas atendem os próximos 5 dias úteis, com os preços orbitando a faixa dos R$ 280,00/@ a R$ 285,00/@. Algumas negociações em patamares maiores, como R$ 290,00/@, começam a ser vistas, mas ainda não são fortes o suficiente para alterar a média.

Dia positivo também na B3, com os preços retornando aos vistos no início de novembro/20. O janeiro/21, contrato mais negociado do dia, encerrou o dia com valorização de 1,35% na comparação diária, cotado a R$ 289,45/@. Destaque para o fevereiro/21, que pela primeira fechou na casa dos R$ 290,00, negociado a R$ 290,20/@ e alta de 1,70% ante a véspera

Fonte: Agrifatto

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