Em março deste ano o criador comprou 6,76 sacas do cereal com a venda de uma arroba do boi gordo
Os técnicos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em análise no boletim semanal sobre a pecuária de corte, comentam que em março houve uma redução de 14% no poder de compra do criador em relação ao milho, caindo ao menor nível desde abril do ano passado.
Segundo eles, no mês passado o criador comprava 6,76 sacas de milho com a venda de uma arroba de boi gordo e em fevereiro era possível adquirir 7,86 sacas.
Os técnicos explicam que com a semeadura do milho segunda safra praticamente finalizada em Mato Grosso e a capacidade de lotação das pastagens se reduzindo, devido à redução das chuvas, o pecuarista já começa a redobrar sua atenção sobre a compra do cereal, cujos preços vêm registrando fortes valorizações.
Eles alertam que apesar de a colheita da segunda safra trazer mais oferta ao mercado e uma histórica pressão sobre os preços do cereal, “é importante que o pecuarista busque maneiras de mitigar os riscos da sua atividade, seja controlando seus custos de produção ou garantindo preços de venda de seus bovinos, para que não seja surpreendido negativamente nos seus resultados”.
A cotação do boi gordo em Mato Grosso recuou 0,5% na semana passada, para R$ 133,04/arroba, pressionada “pelas dificuldades do varejo em escoar a carne nas gôndolas a maiores preços”.
O acompanhamento de mercado do Imea mostra que o preço do bezerro de 12 meses subiu pela sétima semana consecutiva e foi cotado a R$ 1245,36 por cabeça, acumulando ganho de 4,4%.
POR VENILSON FERREIRA
Fonte: Globo Rural