Com a integração da Agrícola Xingu e Terra Santa Agro, a SLC amplia em 45% sua área cultivada tornando-se um dos maiores grupos agrícola do País e registra lucro recorde de R$ 1,1 bilhão. Confira!
A companhia foi fundada em 1977, mas é possível dizer que em 2021 a SLC Agrícola tornou-se uma nova empresa. Isso porque em abril e julho do ano passado, o grupo comandado por Aurélio Pavinato finalizou o processo de aquisição das operações da Agrícola Xingu e da Terra Santa Agro S.A. Com a primeira operação, agregou 39 mil hectares localizados em Correntina (BA) e Unaí (MG). Com a Terra Santa Agro S.A. vieram outros 39,2 mil hectares, distribuídos por cinco fazendas em Mato Grosso que produzem soja, milho e algodão, considerando o plantio de segunda safra.
Como resultado, a área sob administração passou para 672,4 mil hectares na safra 2021/22. “As aquisições aumentaram nossa área plantada em 45%”, afirmou o CEO Aurélio Pavinato. Os resultados apareceram no balanço, com lucro recorde de mais de R$ 1 bilhão no acumulado do ano passado.
Para 2022, a expectativa do executivo é manter o ritmo. “Estamos garantindo mais um ciclo de crescimento.”
Para Pavinato, a fusão das empresas representou um grande sucesso tanto em resultados financeiros como no processo de integração da cultura organizacional. “Tivemos resultados extraordinários”, afirmou. O ano foi encerrado com recordes em todos os indicadores.
A receita líquida cresceu 24,5% na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 4,4 bilhões, o lucro líquido chegou a R$ 1,1 bilhão, alta de 50,7%, e o Ebitda ajustado foi de R$ 1,685 bilhão, com margem de 38,6%, aumento de 57%. E mesmo com os investimentos para a incorporação das duas operações, a empresa se manteve desalavancada, com relação da Dívida Líquida com o Ebitda ajustado de 1,42 vez. Ao fim do período foram distribuídos R$ 232 milhões como dividendos.
“Em 2021 alcançamos resultados extraordinários e estamos garantindo mais um ciclo de crescimento para este ano” Aurélio Pavinato, CEO.
No primeiro semestre do ano, a boa safra de números se repetiu. A receita líquida saltou de R$ 2,5 bilhões em 2021 para os atuais R$ 4 bilhões, variação de 64,9%. O Ebitda ajustado no semestre foi recorde, ultrapassando a marca de R$ 2 bilhões, crescimento de 113,7% e aumento de 11,6 pontos porcentuais na margem Ebitda ajustada, contra o mesmo período do ano anterior.
Para o CEO da companhia, a boa integração da cultura organizacional foi um dos aspectos que manteve o time engajado, o que proporcionou o crescimento do grupo. Um dos indicadores que Pavinato destaca é o turnover da Terra Santa que caiu de 32% para 23%, enquanto na SLC manteve-se em 15%.
Ainda que os acionistas fiquem felizes com a solidez apresentada, a cobrança nas reuniões do Conselho extrapolam as planilhas do excel. Uma palavra-chave nesse processo aparece na mensagem do presidente do Conselho Eduardo Logemann. “No ano de 2021, chegamos a um novo estágio do nosso planejamento, focado no desenvolvimento de terras maduras e na inovação tecnológica para o aumento da produtividade e da eficiência.” Inovação.
De acordo com dados do grupo, o ganho líquido com novas tecnologias pulou de R$ 16,8 milhões na safra 2019/20 para R$ 25,2 milhões em 2020/21. Para a atual a meta é chegar a R$ 50 milhões. Pavinato resume o ganho: “Para cada R$ 1 investido, o retorno é de R$ 4,7”.
Outro pilar relevante é o alinhamento à agenda ESG. No último ano, a companhia revisou sua política socioambiental ao realizar um novo mapeamento dos temas mais relevantes da agenda de sustentabilidade. O trabalho resultou na nova Matriz de Materialidade e dez frentes foram elencadas. No pilar ambiental, a empresa deve atuar em mudanças climáticas e no sistema de gestão ambiental. No pilar social aparecem temas como desenvolvimento das pessoas, diversidade e inclusão, saúde e segurança. Finalmente, em governança estão as certificações e rastreabilidade dos produtos, ética e compliance, inovação e produtividade, além de gestão de riscos.
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Os dados comprovam a jornada. A empresa, que captou R$ 780 milhões em operações financeiras sustentáveis entre 2020 e 2021, aplicou R$ 2,2 milhões em investimento sustentável, manteve 118 mil hectares como áreas preservadas e reduziu em 40% as emissões de de CO2. Além disso, 81,8% dos resíduos foram destinados à reciclagem.
Para comprovar o que faz, certificações. Além das ISO 9001 (qualidade de processos), 14001 (gestão ambiental), 45001 (saúde e segurança de trabalho), NBR 16001 (responsabilidade social), a SLC também possui certificado Better Cotton Initiative (BCI), o selo Algodão Brasileiro Responsável (ABR ) e há dez anos tem o Round Table on Responsible Soy (RTRS). Como se diz no mercado, na SLC vale o walk the talk, que significa coerência do discurso com a prática. Por isso, o grupo leva mais uma vez o troféu de AS MELHORES DA DINHEIRO 2022 na categoria Agronegócio.
Compre Rural com informações da matéria originalmente publicada pela Jornalista Lana Pinheiro na Istoé Dinheiro