A SLC, considerada uma das maiores produtoras de grãos do país, fecha arrendamento de 39 mil ha em áreas da BA e MG com Agrícola Xingu. Confira abaixo!
A SLC Agrícola (SLCE3) informa que obteve permissão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para arrendar cerca de 39 mil hectares de terra da Agrícola Xingu, do grupo Mitsui, de acordo com comunicado divulgado ao mercado nesta quarta-feira (26).
A decisão, sem restrições, pelo órgão regulador brasileiro foi publicada no Diário Oficial da União em 07 de maio de 2021. Sendo que uma grande parte da área arrendada é irrigada, a produtividade da empresa terá um novo salto. Notícia sai após a conclusão da incorporação da Terra Santa, que fez com que a empresa atingisse cerca de 639 mil hectares!
Portanto, a companhia reafirma à condição de arrendatária das áreas da Agrícola Xingu, cuja as lavouras desenvolvidas e devidamente licenciadas, são destinadas ao plantio de grãos e algodão.
As terras arrendadas estão distribuídas entre os municípios de Correntina (BA) e Unaí (MG).
As lavouras são desenvolvidas e devidamente licenciadas, destinadas ao plantio de grãos e algodão. Considerando que 50% da área irrigada permite plantio de segunda safra, a SLC estima um potencial de plantio de 42.342 hectares, entre soja, algodão e milho, que serão adicionados à área total da companhia já na temporada 2021/22, que começa em setembro.
A área de Correntina (BA) representa 34.284 hectares e de Unaí (MG), os 4.749 hectares restantes.
“Em função das dimensões, para o gerenciamento da área da Bahia será constituída uma nova unidade produtiva, denominada Fazenda Paysandu. A área de Minas Gerais, em função das dimensões e da proximidade, será administrada pela Fazenda Pamplona”, afirmou a empresa.
O valor do arrendamento não foi divulgado, mas, segundo o comunicado, ficou dentro dos “patamares de mercado para a região”.
O contrato contempla o direito de uso das instalações operacionais já existentes nas propriedades, como infraestrutura para irrigação em 6.618 hectares, capacidade de armazenagem para grãos e também unidades de beneficiamento de algodão.
A SLC disse que será necessário apenas o investimento em máquinas, que serão adquiridas da própria Agrícola Xingu. Além disso, a companhia ressaltou que a maioria dos colaboradores será incorporada ao time da SLC.
Ainda segundo o comunicado, o prazo do contrato será de quinze anos para as áreas da Bahia, e dez anos para as áreas de Minas Gerais.
“As áreas arrendadas seguem a estratégia de expansão da Companhia em terras maduras, com alto potencial produtivo e atendendo aos requisitos de adequação ambiental.”
A consumação da operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e ao decurso de prazo de 15 dias após a publicação no Diário Oficial.
Rei da Soja compra novas terras por R$ 750 milhões
A SLC Agrícola e a Terra Santa Agro informam que assinaram acordo para a implementação da combinação dos negócios da SLC Agrícola aos da operação agrícola da Terra Santa (excluindo terras e benfeitorias), mediante incorporação das ações da Terra Santa pela SLC. O memorando de entendimentos da operação já tinha sido assinado em 26 de novembro de 2020.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas informam que o valor total atribuído à operação agrícola da Terra Santa (excluído o valor das terras e benfeitorias) é equivalente a R$ 550 milhões, acrescido de cerca de R$ 203 milhões de outros ativos, totalizando aproximadamente R$ 753 milhões, que refletem a apuração de contas de capital de giro, ativo fixo e determinados ativos.
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Porque ela é o Rei da Soja
A SLC Agrícola, que ocupava a segunda colocação, informou em novembro que a compra da Terra Santa estava sendo avaliada. Pois bem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autorizou a aquisição da empresa. Sendo assim, ela será proprietária de mais de 581 mil hectares de soja, o que a torna o novo Rei da Soja!
As negociações para o acordo entre SLC Agrícola e Terra Santa Agro estão caminhando bem e a assinatura de contrato deve ocorrer ainda em março, enquanto o “closing” da operação é previsto para junho deste ano.