Rei da Cebola é preso por lavagem de dinheiro e agiotagem em Pernambuco

Nas redes sociais, Xinxa, o Rei da Cebola ostenta carros luxuosos, iates e fotos com celebridades; veja o que se sabe sobre prisão do empresário suspeito de chefiar quadrilha que

A Polícia Federal prendeu, na quarta-feira (31) em Recife (PE), o empresário Xinga Góes de Siqueira, conhecido como o Xinxa, o Rei da Cebola. Ele é suspeito de chefiar uma quadrilha que já movimentou R$ 70 milhões através de um esquema de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, porte ilegal de arma de fogo e agiotagem.

Xinxa, o Rei da Cebola, é dono de uma transportadora de produtos hortifrúti com sede no Centro de Abastecimento e logística de Pernambuco (Ceasa), em Recife. Além de cebola, seu negócio é forte no transporte de batata, alho e cenoura.

Em suas redes sociais Xinxa tem publicado muitas fotos com cavalos, inclusive animais usados para a Vaquejada. A modalidade esportiva faz parte da identidade do Nordeste brasileiros pois a maioria dos nordestinos conhecem o esporte.

Em entrevista para um podcast em uma plataforma digital, Xinxa disse que é filho do fazendeiro, produtor de cebolas e ex-deputado estadual Apolinário Pessoa de Siqueira, já falecido. Apolinário exerceu dois mandatos como parlamentar, nos anos 1960 e 1980. Segundo Xinxa, o pai teve 21 filhos e ele foi escolhido como herdeiro do apelido do pai, que era o Xinxa da Cebola.

O comportamento de Xinxa, o Rei da Cebola nas redes sociais chamou a atenção da polícia, que também identificou movimentações financeiras incompatíveis com o negócios alimentícios. Isso porque além de fotos com celebridades, ele, que usada o apelido de Chelsea, ostenta carros de luxo, helicópteros e iates. Um dos carros, uma Ferrari vermelha também tinha apelido, “dama de vermelho”.

A Polícia Federal apontou que o empresário mantinha uma loja de carros de luxo em Fortaleza (CE), registrada em nome de um laranja. Os veículos, em torno de R$ 30 milhões, foram apreendidos. E, segundo a PF, ele também é investigado pelo aluguel de armas de fogo.

A PF informou que, no dia da prisão, foram deflagrados outros oito mandados de busca e apreensão. Essas ações ocorreram nas cidades de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho, Cabrobó e Fortaleza. Segundo a investigação, a operação busca reunir evidências de importação e exportação envolvendo empresas de serviços ligadas a Xinxa, que não possuem autorização para tais atividades.

Se condenado por todos os crimes pelos quais é acusado, Xinxa pode enfrentar uma pena que ultrapassa 30 anos de prisão. A situação jurídica de Xinxa é complexa, e há muitas peças a serem reunidas para esclarecer completamente o caso. A sociedade agora aguarda o desenrolar do processo judicial, que promete trazer mais informações sobre as atividades criminosas de Xinxa e seu verdadeiro impacto.

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