De acordo com a Associação Brasileira de Angus, enquanto em 2021 foram computados 270 bois da raça sintética, em 2022 somaram-se 465 animais.
Fechando cinco anos no Brasil, a raça ultrablack teve expansão de 74,8% nos registros definitivos em 2022. O levantamento, realizado pela Associação Brasileira de Angus, compara aos números deste ano com os do ano passado. Enquanto em 2021 foram computados 270, em 2022 somaram-se 465. Já os provisórios, contabilizados no período entre 01/07/2021 e 30/06/2022, tiveram aumento de 72,22%, passando de 692 para 1.210. No total, são 124 criadores cadastrados no Serviço de Registro Genealógico (SRG).
Ultrablack
Segundo o presidente da entidade, Nivaldo Dzyekanski, os números em ascensão são reflexo do espaço que a raça vem ganhando entre os criadores desde 2017, quando o Ministério da Agricultura delegou à entidade os registros.
“É uma ótima opção para os pecuaristas que visam produzir em áreas de clima mais quente e árido. Principalmente nos estados centrais do Brasil, e ainda buscam qualidade de carne”, reforça Dzyekanski.
De acordo com o gerente de fomento da associação e superintendente da Ultrablack, Mateus Pivato, após cinco anos, pode-se dizer que a raça já está consolidada dentro do cenário da pecuária nacional.
“Temos sete touros em centrais de coleta de sêmen, pesquisas em andamento para avaliar o desempenho desses animais. Também há valorização em pista e excelentes dados no Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo). Mas ainda tem muito a crescer”, afirma Pivato.
Em 2023, a expectativa é que exemplares passem a ter Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs) enriquecidas pela avaliação genômica, a exemplo do que vem sendo feito com a raça angus. Também deve ter início as provas de eficiência alimentar.
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Além disso, a projeção para a próxima safra é de crescimento na casa dos 40% nos registros, considerando uma taxa de nascimento de 60%. A alta também deve ser de 40% nos animais de segunda geração (filhos de exemplares ultrablack), chegando a cerca de 200 bovinos filhos da raça.
“A seleção genética que está sendo realizada pelos criadores brasileiros, juntamente com a demanda crescente do mercado, pode fazer o ultrablack do Brasil figurar entre os melhores do mundo. Com o mercado de mais de 1 milhão de ventres meio-sangue angus e a capacidade da raça para cobrir a campo, esses animais têm um horizonte de sucesso”, projeta Pivato.
Fonte: Agência Safras
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