Região da Canastra oficializa mais um município produtor de queijo Minas Artesanal; saiba qual

Produtores terão que seguir técnicas para ter o direito de utilização do selo de procedência; chancela reconhece a autenticidade dos queijos produzidos na região.

Agora é oficial. São João Batista do Glória, no Sudoeste do estado, vai fazer parte da Região do Queijo da Canastra. A entrada do município de 6,8 mil habitantes no grupo de cidades que compõem a Indicação Geográfica (IG) do território, na modalidade Indicação de Procedência, será oficializada hoje (11), às 16h30, no Centro de Eventos Joanito da Fonseca, no próprio município.

Portaria 1687 publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em 23 de dezembro de 2016 chancelou a cidade como a oitava integrante da Microrregião da Serra da Canastra, já composta pelos municípios de Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita. Mas ela ainda não tinha Indicação Geográfica, conforme explica o historiador e especialista em QMA, Elmer Almeida:

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“Está sendo oficializada a entrada de São João Batista do Glória dentro da região da Canastra. Nada mais justo porque o município faz fronteira com Delfinópolis e Vargem Bonita, que já estão incluídos há mais tempo. Os queijos produzidos lá não diferem tanto dos outros feitos na região. São bem semelhantes a qualquer Canastra. Por ser um município pequeno, não há um volume de produção alto igual ao de São Roque, Vargem Bonita e Medeiros, por exemplo. Mas tem uma produção boa com alguns neófitos, pessoas que estão começando a produzir queijo em função dessa conquista da Indicação Geográfica. Isso traz mais fama, né? Mais prestígio e, certamente, agrega valor aos produtos”.

Chancela reconhece a autenticidade dos queijos

Segundo a Emater-MG, no município, há 25 famílias produtoras de QMA. Com o reconhecimento, os produtores que seguem as regras do Caderno de Especificações Técnicas podem fazer o uso do nome Canastra em seus produtos, assim como, utilizar os selos da IG. Esta chancela reconhece a autenticidade dos queijos produzidos na região, valorizando a cultura e a tradição local, impulsionando o desenvolvimento econômico do território e fortalecendo a reputação regional.

“Essa é uma grande conquista para o município, pois possibilita que produtores locais utilizem o Selo da IG. A notoriedade do queijo e as características de cada região permitem que os consumidores valorizem não só o produto em si, mas as histórias e tradições de onde ele é originado”, explica a analista do Sebrae Minas Carolina Alvim.

Produtor tem que apresentar o Registro Sanitário e seguir os padrões sensoriais

Para utilizar o Selo de Origem da Canastra, o produtor tem que cumprir uma série de requisitos. Entre eles, apresentar registro sanitário e seguir os padrões sensoriais do produto. A verificação destes critérios que comprovam a procedência e a legitimidade dos queijos produzidos na região da Canastra é feita pela Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan).

“Para o consumidor, a delimitação da área geográfica é a segurança de um queijo com procedência. Para os nossos produtores é a possibilidade de abertura de novos mercados e a garantia de uma melhor remuneração. Isso ajuda a manter as nossas famílias no campo, protegendo uma tradição secular”, afirma o gerente executivo da Aprocan, Higor Freitas.

Região da Canastra agora tem oito municípios produtores de QMA

São João Batista do Glória se junta a São Roque de Minas, Medeiros, Vargem Bonita, Tapiraí, Delfinópolis, Bambuí e Piumhi, que também possuem o direito de comercialização do queijo da Canastra com o selo que comprova a origem, permite a rastreabilidade e inibe a falsificação do produto.

Etiqueta de Caseína foi uma aposta que deu certo

Em 2017, após uma missão internacional para a França, lideranças da Aprocan conheceram uma nova tecnologia para evitar a falsificação de queijos. Trata-se de uma etiqueta à base de caseína, uma proteína comestível do próprio leite, e carbono vegetal, incorporados ao queijo durante o processo de produção.

A etiqueta de caseína da Canastra é o próprio Selo de Indicação de Procedência, que contém um código numérico único, que, ao ser inserido no site da entidade, identifica o produtor, local de origem e o dia da fabricação.

A Serra da Canastra está rodeada de paisagens naturais típicas do Cerrado brasileiro. A região recebeu, em 2012, a chancela de Indicação Geográfica (IG) na modalidade de Indicação de Procedência (IP) – pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, também se destaca pela produção de cafés especiais.

Fonte: Itatiaia como informações da Sebrae

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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