Reformas do Brasil precisam passar pelo agronegócio

O Brasil realiza reforma da previdência, reforma trabalhista, reforma do triplex e do sitio, mas infelizmente a “casa grande” se esquece que quem sustenta todo esse teatro é a “senzala”, ou melhor, o Agronegócio.

Thiago Pereira*

O setor agropecuário é responsável pela maior parte do PIB do Brasil, entretanto ainda é considerado pela maioria como sendo uma “roça”.

Justamente assim é que o homem do campo é visto pela “cidade”. Os anos se passaram, as cidades se desenvolveram e como não seria diferente, as empresas rurais estão inseridas nos mais altos níveis tecnológicos e investimentos que permitem a quebra de recordes de exportação de insumos e alimentos ano após ano.

Infelizmente, para nós do campo, é que os políticos da “casa grande” estão sempre preocupados com o seu bem estar, ou melhor, com o tamanho da fatia da pizza que ele vai levar do roubo feito com o desvio da verba pública.

O Brasil é o país que mais realiza reajustes e jogos políticos para barganhar quem vai ser o “testa de ferro”, aquele que vai ir a frente da população fazer mais uma promessa falsa.

As notícias para o setor leiteiro não seria diferente, com mais de um semestre de quedas no preço pago ao produtor e um cenário de instabilidade junto aos laticínios. O Ministro da Agricultura Blario Maggi, foi a público juntamente com o Geraldo Borges, presidente da Abraleite, fazer promessas que não passaram de insultos ao produtor.

O banco informa para uns que “não passou de promessa, nós não vamos adiar a dívida”, para outros a burocracia imposta é a de que você fica preso a divida e juros e não pode haver outros empréstimos. Pior de tudo isso é o cenário que o produtor encontra para ter oportunidade de pagar a dívida, um cenário de caos.

O questionamento que eu me faço é onde estão algumas associações para poder cobrar do governo tais melhorias, tentar angariar e estabelecer um preço mínimo para o produtor.

Enfim, a única visão que tenho, assim como grande parte dos produtores que mantemos contato é de um monte de fotos, entrevistas vagas e participações em eventos que fogem da realidade necessária para mudança do setor.

A hora é de união e de deixarmos o “individualismo” de lado para podermos enfrentar os senhores da casa grande. Somente dessa forma vamos conseguir quebrar esse monopólio político que já se instalou em todos os patamares da nossa sociedade e fazer o nosso setor ser mais forte.

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