Ainda assim, produtores solicitam redução do ICMS para frigoríficos e alegam prejuízos em MT
No ano de 2021, as exportações brasileiras de carne de porco aumentaram 11% em volume, o que significou um novo recorde: 1,13 milhão de toneladas. A informação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que afirma que a nova marca superou a máxima anterior de 1,02 milhão de toneladas, obtida em 2020. Com uma demanda mais forte nos mercados estrangeiros, incluindo a China, seu principal comprador, o resultado compensou o impacto vindo de custos mais elevados no setor. Sendo assim, no ano passado, a receita das exportações aumentou 16,4%, indo para US$ 2,641 bilhões.
Considerando apenas o mês de dezembro, os volumes de exportação cresceram 7,3% em relação ao mesmo mês de 2020, para 89,7 mil toneladas. Em valor, a alta foi de 1%, para US$ 191,5 milhões. A China respondeu por cerca de metade das exportações do Brasil no ano, já que os embarques para o país asiático aumentaram 3,9%, para 533,7 mil toneladas.
Impostos salgados
Apesar dos números positivos, relacionados à carne suína, os impostos seguem salgados para os frigoríficos e produtores. Nessa semana, o secretário executivo do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso se reuniu com o deputado estadual, Dilmar Dal Bosco (DEM), para solicitar apoio na redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos frigoríficos de suínos, de 2% para 1.02 para operação interna, e de 1.20% para 0.60% em operações interestaduais no prazo de 06 meses.
A associação solicitou ao governo estadual a adoção de medidas para diminuir os prejuízos enfrentados pelos produtores, além da inclusão de novas finalidades da atividade no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder) e a redução do ICMS para frigoríficos na comercialização da carne suína.