Com 50 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, a operação desvendou um esquema de sonegação fiscal.
Nesta quarta-feira (17), a Receita Federal iniciou a Operação Rei do Gado, uma grande ofensiva contra um esquema de sonegação fiscal e fraudes na venda de gado que movimentou R$ 1,4 bilhão, resultando em um prejuízo de R$ 300 milhões para os cofres públicos.
A ação contou com a participação de centenas de agentes da Receita Federal e do Gaeco, atuando simultaneamente em São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins, Goiás e no Distrito Federal.
Foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva. A investigação desvendou um esquema de sonegação fiscal que utilizava a falsificação de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e a emissão de notas fiscais fraudulentas, causando uma perda de impressionantes R$ 300 milhões em impostos federais.
Gado e Fraude
De acordo com a Receita Federal, o esquema funcionava de maneira altamente organizada e envolvia quatro núcleos principais:
Servidores Públicos: Encarregados de inserir dados falsificados nos sistemas oficiais e adulterar Guias de Trânsito Animal (GTAs), documentos essenciais para o transporte legal de gado.
Contadores: Usando as GTAs falsificadas, os contadores emitiam notas fiscais avulsas fraudulentas, mascarando a verdadeira origem e destino dos animais.
Laranjas e Empresas Fantasmas: Os líderes do esquema, junto com familiares e empregados de empresas fantasmas, empregavam uma rede de “laranjas” para gerar notas fiscais falsas. Durante a investigação, eles movimentaram 448.887 bovinos.
Compradores e Transportadores de Gado: Esses intermediários utilizavam as notas fiscais fraudulentas para revender o gado para abate em frigoríficos, principalmente em São Paulo.
Como funcionava o esquema?
Operação
Nas primeiras horas da manhã, a operação foi deflagrada com equipes cumprindo mandados de busca e apreensão simultaneamente em diversas localidades. Em São Paulo, as ações focaram nas cidades de Bálsamo, Cardoso, Macedônia, Rancharia, Santa Fé do Sul e Votuporanga. No Maranhão, as cidades de Açailândia, Imperatriz e Itinga do Maranhão foram os principais alvos. Minas Gerais, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal também receberam equipes de busca.
Além dos mandados, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos envolvidos, somando R$ 67 milhões, e a suspensão das funções profissionais de vários servidores públicos implicados. Essas medidas visam prevenir a continuidade das atividades criminosas e assegurar a recuperação dos recursos desviados.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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