Um aumento geral nos recursos de cotas do Fundo Monetário Internacional este ano, que seria distribuído uniformemente entre os membros da instituição, disse nesta quinta-feira o principal diplomata econômico do órgão.
Jay Shambaugh, subsecretário do Tesouro para assuntos internacionais, afirmou antes do encontro dos líderes do G20 na Índia que o órgão também pressiona para reforçar o Poverty Reduction and Growth Trust, o fundo do FMI para os países mais pobres do mundo.
“Estamos assumindo o compromisso de reinvestir no FMI”, disse Shambaugh em um evento do Centro para o Desenvolvimento Global. “Este ano, apoiaremos um aumento nas quotas — para um aumento amplo em todos os membros — com o objetivo de fortalecer o FMI como uma instituição acionista no centro da rede de segurança financeira global.”
Shambaugh disse que os EUA apoiam um aumento “equiproporcional” nas quotas, ao mesmo tempo em que haverá a redução da dependência do FMI de recursos emprestados. Quotas maiores também significariam aumentos nos recursos aos quais os países membros poderiam acessar.
O FMI pretende concluir uma revisão de seus recursos de quotas — que constituem a maior parte do seu poder de fogo total de 1 bilião de dólares — até 15 de dezembro. A instituição procura “progressos consideráveis” até as reuniões anuais do FMI em Marrocos, em outubro.
Os EUA também defenderão mudanças na fórmula das quotas para torná-la mais reflexiva da economia global, dando maior peso às economias dinâmicas de mercados emergentes, disse Shambaugh.
Entre os maiores vencedores deste processo estariam a China, a Índia e o Brasil. Sem nomeá-los, Shambaugh disse que uma parte importante desse processo seria garantir que os países “que veriam e aumentariam a sua participação respeitem os papéis e normas do FMI e trabalhem para fortalecer o sistema monetário internacional”.
Fonte: Reuters
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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