A hora do “Agroboy”: A picape pode contar com uma capota rígida e com acionamento elétrico por meio de um controle remoto na caçamba.
Mas não só isso: para fazer jus ao uso de clientes que passam mais tempo na cidade, ou os chamados “agroboys urbanos”, que gostam da vida no campo, mas passam mais tempo nos grandes centros, a Ford trouxe uma novidade. A picape pode contar com uma capota rígida e com acionamento elétrico por meio de um controle remoto na caçamba.
Além disso, o kit traz uma rede para carregar bagagens, transformando a caçamba em um porta-malas de 1.180 litros, e o protetor de caçamba, que nesta versão é um acessório.
Para os 100 primeiros clientes que comprarem a Ranger Black, esse pacote – que, somado ao custo dos três acessórios, sai por R$ 9.501,11 – virá de graça. O valor dos três itens separadamente é de R$ 1.492,67 pelo protetor de caçamba, R$ 105,61 pela rede porta-objetos e R$ 7.902,83 pela capota rígida elétrica. O sistema é adquirido e instalado na concessionária. Ele pode ser retirado a qualquer momento, mas a Ford indica que o serviço seja realizado apenas nas revendas, não em casa.
O pacote de equipamentos da Ranger Black é intermediário, apesar de alguns detalhes do visual, como santantônio integrado, darem a impressão que ela foi baseada na versão de topo, Limited. Em tese, a Ranger Black fica logo acima da versão XLS 2.2 4×2 AT, que na linha 2022 custa R$ 167.790.
Por dentro ela traz bancos, volante e descansa-braço revestidos de couro, ar-condicionado com duas zonas, sete airbags, controle de velocidade de cruzeiro (piloto automático), câmera de ré e sensores de estacionamento traseiros. O painel de instrumentos tem tela TFT configurável nas laterais do velocímetro centralizado.
Há também controles de tração e estabilidade, com função para trailer, que altera os parâmetros para lidar com a carga extra do reboque, e assistente de partida em rampa. A central multimídia SYNC3 tem tela sensível ao toque de oito polegadas e integração a Android Auto e Apple CarPlay, mas por enquanto só por meio de cabo.
FordPass: acionamento remoto e localização
A novidade aqui é a função FordPass, que permite acionar funções da picape por um aplicativo no smartphone. Entre os comandos possíveis estão travamento e destravamento, partida remota com climatização, agendamento de partida e localização.
O sistema avisa ainda se tentaram abrir o carro ou se o alarme foi disparado. Ele funciona graças a um modem integrado ao carro. Pelo aplicativo é possível ver também informações do hodômetro, como a autonomia restante, e agendar as próximas revisões. O sistema é semelhante ao oferecido pela GM por meio do OnStar na picape rival Chevrolet S10.
Primeiras impressões
Como o carro será usado mais na cidade que na estrada, a Ford optou por pacote mais “humilde” de trem de força. A Ranger Black vem com o motor quatro cilindros de 2,2 litros, turbodiesel. Ele entrega 160 cv e 39,2 mkgf já a partir de 1.600 rpm. O câmbio é o automático de seis marchas com função sport e trocas manuais pela alavanca. A tração é apenas 4×2 traseira com bloqueio de diferencial eletrônico.
Esse conjunto é suficiente para mover Ranger Black com tranquilidade. Falta “aquela pimenta” se comparado as versões equipadas com o 3.2 de 200 cv, mas nada que desmereça o desempenho adequado da picape. A transmissão foi bem ajustada com o 2.2 e faz as trocas na hora certa, respondendo bem a uma pisada mais funda no acelerador.
Em termos de dirigibilidade, a Ford fez um novo acerto de suspensão para o modelo, direcionado ao uso no asfalto. A Ranger, ainda assim, já tinha uma qualidade superior rodando no asfalto, mesmo com um acerto da Limited, por exemplo. A configuração do sistema continua o mesmo: independente na dianteira e rígida com feixe de molas na traseira.
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Na prática, a Ranger balança pouco a carroceria nas curvas e, na terra garante filtra as imperfeições, garantido conforto aos ocupantes, transferindo pouco para dentro da cabine. Como ela tem apenas tração 4×2, especialmente no fora de estrada é preciso estar atento. O controle de tração funciona bem e é bastante intrusivo no funcionamento para evitar que a traseira se perca em curvas.
O interior é bom e teve algumas melhorias em termos de acabamento, que sempre foi um calcanhar de Aquiles dessa geração da Ranger. O modelo tem uma leve melhoria nas peças plásticas, particularmente no painel. A finalização toda em preto ajuda a passar uma melhor impressão.
Fonte: Uol Carros