Raízen reduz o uso de fertilizantes com novo produto

Companhia estima que já na safra 22’23 será possível adotar aplicação de vinhaça e torta de filtro em 80% das áreas cultiváveis, gerando economia e impacto positivo na pegada de carbono.

A Raízen, empresa integrada de energia e maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, está intensificando o uso de vinhaça e torta de filtro em suas lavouras a fim de reaproveitar a maior quantidade possível de seus resíduos nos canaviais. Desta maneira, a companhia vislumbra ser possível alcançar mais produtividade e economia, tornando-se menos dependente da aplicação de fertilizantes.

“A Raízen entende que a melhor utilização dos resíduos garante mais eficiência aos processos. A inovação e a sustentabilidade são valores com os quais fomentamos cada vez mais o conceito de economia circular, que prevê a reutilização, recuperação e reciclagem daqueles resíduos que são inevitáveis em nosso processo produtivo. É por isso que ano a ano estamos ampliando o uso da vinhaça e da torta de filtro no manejo dos nossos canaviais. Na última safra já utilizamos este subproduto em 60% da nossa área cultivável. Na próxima, nossa meta é fazer a aplicação em cerca de 80% das nossas lavouras e, na outra, devemos nos aproximar dos 100%”, explica Ricardo Lopes, diretor agrícola da Raízen.

A Raízen também estruturou um sistema que permite a utilização da torta de filtro compostada, enriquecida com minerais e microorganismos em boa parte de seus 550 mil hectares de canaviais. Com esse adubo organomineral, a companhia substitui a aplicação de fertilizantes de origem mineral e fóssil, assim, adota um manejo mais sustentável: na prática, com a aplicação da vinhaça e da torta de filtro em 80% das áreas cultiváveis a partir da próxima safra, a empresa utilizará cerca de 20% a menos de fertilizantes em sua operação agrícola, o que permite uma redução de aproximadamente 3% na pegada de carbono.

“O uso deste tipo de ferramenta tem nos proporcionado um manejo mais efetivo dos canaviais, com interferências químicas em menores proporções, e ainda assim, com mais eficiência. A gente vem trabalhando desta forma continuamente, e seguimos fazendo evoluções a cada safra, gerando mais economia e produtividade para a companhia”, esclarece Lopes.

Na prática, como funciona?

O ponto de partida é a nossa matéria-prima, a cana-de-açúcar, da qual produzimos açúcar, etanol e bioeletricidade. Apostamos nela por ser uma das fontes mais eficientes de conversão de energia solar em biomassa acessível. Seus subprodutos, como o bagaço, vinhaça, cinzas e torta de filtro, são reinseridos no sistema produtivo – extraindo o máximo possível do valor de nossa matéria-prima por meio de novos produtos ou nutrição do campo.

A inovação é essencial no modelo de economia circular e está presente inclusive nos processos de plantio. Aplicamos no campo, como fertilizantes naturais, a vinhaça, resíduo do processo de destilação do caldo da cana; a torta de filtro, proveniente da filtração desse caldo; e a cinza, resultante da queima do bagaço. Ao serem reaproveitados, esses insumos reduzem o uso de fertilizantes sintéticos e voltam para a terra, fechando um círculo nutritivo. Na safra 20’21, o uso da vinhaça representou uma redução de 35 a 40 mil toneladas de fertilizante pela Raízen em suas áreas cultivadas.

Fonte: Raízen

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