Você já ouviu falar das raças equinas mais caras do mundo? Algumas delas são verdadeiras joias, cujos valores ultrapassam centenas de milhares de reais. Esses cavalos representam não apenas beleza e desempenho, mas também uma parte importante da cultura equestre e economia global; conheça agora
Cavalos são mais do que meros animais – eles são símbolos de elegância, poder e nobreza. Mas além de sua beleza e força, alguns cavalos possuem um valor financeiro que pode surpreender até mesmo os mais experientes no mundo equestre. Neste artigo da Compre Rural, vamos explorar algumas das raças de cavalos mais caras do mundo, muitas das quais podem não ser tão familiares para você. Além disso, vamos dar uma olhada na indústria equina e entender o quão lucrativo esse mundo pode ser.
Antes de mergulharmos nas raças exóticas e caras, é importante entender a paixão e a economia por trás do mundo dos cavalos. Desde tempos antigos, os cavalos desempenharam papéis vitais em várias culturas, servindo como meios de transporte, em batalhas e até mesmo como símbolos de status. Hoje, embora não sejam mais tão cruciais para o transporte, sua importância persiste, principalmente em esportes equestres, como corridas de cavalos, dressage e salto.
Além disso, o mercado de cavalos movimenta uma quantia substancial de dinheiro a cada ano. Desde a compra e venda de cavalos de competição até a reprodução de linhagens valiosas, a indústria equina é um grande negócio em muitas partes do mundo. E é dentro desse mercado que encontramos algumas das raças mais caras e exclusivas. Conheça agora as raças equinas mais caras do globo:
Cavalo Árabe
O Cavalo Árabe, uma raça equina originada na Península Arábica, é amplamente reconhecido como o equino mais caro do mundo. Não apenas é uma das raças mais antigas, com evidências arqueológicas que remontam a 2500 a.C., mas também é facilmente identificável por sua cabeça delicada, perfil côncavo e pescoço arqueado. Ao longo dos milênios, esses cavalos se destacaram nos desafiadores desertos árabes, desenvolvendo uma adaptabilidade excepcional e uma resistência incomparável. Sua história rica e sua difusão pelo mundo, através de guerras e comércio, os transformaram em uma influência vital em quase todas as raças modernas de cavalos de montaria.
Os Cavalos Árabes não só apresentam uma beleza distinta, mas também são conhecidos por seu temperamento dócil e inteligência aguçada, o que os torna excelentes não apenas para esportes equestres, como corridas de enduro, mas também altamente valorizados no mercado. Alguns exemplares alcançam valores de até um milhão de dólares, refletindo não apenas seu status como uma joia do mundo equino, mas também sua importância histórica e cultural inestimável.
Puro-Sangue Inglês
O Puro-Sangue Inglês (PSI), também conhecido como thoroughbred, é uma raça de cavalos originária da Inglaterra, cuja principal utilização se dá em competições esportivas, como corridas de turfe e hipismo. Desenvolvido nos séculos XVII e XVIII pelo cruzamento de éguas locais com garanhões árabes, berberes e orientais, trazidos das campanhas militares na Ásia, o PSI destaca-se pela sua grande velocidade. Essa criação visava melhorar o desempenho dos cavalos nas competições, que se tornaram populares, originalmente como entretenimento nas propriedades rurais.
As origens do PSI remetem a três linhagens de cavalos orientais: o cavalo árabe ou turco, a sub-raça Nedjed do Saara e o barbo, berbere ou mongol, originários da Ásia central. Os equinos são altamente valorizados não apenas por sua performance nas corridas, mas também por sua contribuição para a reprodução, como exemplificado por esse exemplar da raça, o Galileo, considerado o cavalo mais valioso do mundo. Aos 22 anos, Galileo continua a ser uma lenda viva, não apenas pelas suas vitórias, mas também por seu impressionante legado na reprodução, avaliado em 200 milhões de euros.
Quarto de Milha
O Quarto de Milha é uma raça de cavalos originária dos Estados Unidos, que teve sua formação a partir do cruzamento dos equinos trazidos pelos europeus, como ingleses e espanhóis, com cavalos indígenas, os mustangues. Esse processo de criação resultou em um cavalo compacto e extremamente musculoso, capaz de correr curtas distâncias em alta velocidade. Os primeiros registros genealógicos da raça começaram em 1941, no Texas, e até hoje o registro para cavalos Quarto de Milha ainda aceita a inclusão de Puro-Sangue Ingleses, permitindo cruzamentos entre Quarto de Milha e Puro-Sangue Inglês.
No Brasil, os Quarto de Milha destacaram-se na vaquejada no nordeste e nos trabalhos de campo no sul, competindo com o cavalo crioulo. A raça se popularizou pelos Estados Unidos com corridas informais em pistas improvisadas e só depois ganhou eventos organizados, como em Tucson, Arizona, em 1943, onde foi construída uma pista especialmente para corridas de Quarto de Milha. Nomes famosos da raça, como Dash for Cash e Corona Cartel, ganharam destaque tanto nas pistas quanto na reprodução, sendo exemplos de sucesso e, em alguns casos, alcançando preços exorbitantes em vendas, como o caso de Metallic Cat, vendido por US$ 25 milhões, destacando-se como um dos melhores reprodutores da atualidade.
Paint Horse
O Paint Horse é uma raça de cavalos originária dos Estados Unidos, conhecida por sua versatilidade e pelagem distinta. Esses cavalos são caracterizados por sua musculatura robusta e inteligência, tornando-os excelentes para o trabalho em fazendas. Seu nome, “Paint”, derivado do espanhol “pintado”, reflete a variedade de cores marcantes em sua pelagem, combinando grandes áreas brancas com outras cores de forma única.
No Brasil, o Paint Horse é uma raça relativamente recente, surgida da necessidade de criar uma nova categoria para cavalos com colorações rejeitadas no registro do Quarto de Milha. Esses cavalos se tornaram uma opção popular para criadores, pois além de apresentarem a versatilidade do Quarto de Milha, possuem uma pelagem exótica e chamativa. Com dois padrões principais de coloração, overo e tobiano, o Paint Horse conquistou seu espaço tanto no trabalho em fazendas quanto em competições equestres.
Friesian
O Frísio, ou Friesian, é uma raça de cavalos que remonta a milênios na região da Frísia, nos Países Baixos. Sua história está intimamente ligada à região costeira do Mar do Norte, onde o povo frísio estabeleceu-se, trazendo consigo seus cavalos. Esses equinos, descendentes de Equus robustus, já eram conhecidos por volta do ano 500 a.C. No século IV, tropas frísias independentes já utilizavam cavalos Frísios, e sua presença é mencionada em batalhas e torneios medievais. Ao longo dos séculos, a raça influenciou outras, como o Shire e os pôneis Fell, e participou ativamente em eventos de equitação na Idade Média. Sua história escrita data de 1544, e desde então, sua criação foi marcada por períodos de declínio e ressurgimento.
No século XIX, o Frísio estava restrito principalmente à província da Frísia, onde eram celebradas corridas de trote e festivais populares. Entretanto, uma série de eventos, como guerras e mudanças na Europa feudal, quase levaram a raça à extinção. Em 1879, foi formado o Registro Genealógico de cavalo frísio, um marco importante para a preservação da raça. Em 1913, restavam apenas três garanhões em serviço, sinalizando um desastre para a raça. A partir daí, uma parceria de agricultores se uniu para salvar o Frísio, transformando-o de um cavalo de luxo em um cavalo de trabalho nas fazendas. Essa dedicação ajudou a resgatar a raça da extinção, e hoje, os Frísios desfrutam de grande popularidade em todo o mundo, com exemplares adultos alcançando valores entre R$ 100 mil a R$ 500 mil.
Grande impacto das raças mais caras do mundo
De forma geral, as raças mais caras do mundo têm uma influência significativa no mercado equestre global. Suas altas cifras refletem não apenas a sua beleza e elegância, mas também a sua linhagem, habilidades de desempenho e potencial de reprodução. Esses cavalos são frequentemente adquiridos por criadores, competidores e entusiastas dispostos a investir grandes somas para obter exemplares de alta qualidade.
Além do seu valor financeiro, esses equinos também têm um impacto cultural e social. Eles são frequentemente vistos como símbolos de prestígio e status, associados a uma elite equestre. Sua participação em competições de alto nível, eventos de equitação e até mesmo em filmes e programas de televisão os coloca em um pedestal, contribuindo para a popularização do mundo equestre e inspirando admiradores em todo o mundo.
Desse modo, a influência desses cavalos se estende além do mundo equestre propriamente dito. Eles têm um papel importante na economia, através da indústria de criação, treinamento e comércio de cavalos, bem como no turismo, atraindo pessoas para eventos e locais onde podem ser vistos e apreciados. Assim, os cavalos mais caros do mundo não são apenas animais de luxo, mas também impulsionadores de setores econômicos e fontes de inspiração para muitos.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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