Em um ano de intensa demanda por reposição nos campos, as raças Angus e Ultrablack atingiram comercialização de R$ 53,31 milhões.
O resultado representa o somatório do faturamento obtido em 50 leilões promovidos por sócios da Associação Brasileira de Angus em 2021. A raça Angus atingiu sozinha faturamento de R$ 50,52 milhões e a Ultrablack, de R$ 2,79 milhões. Segundo levantamento realizado pela entidade, a média geral de venda de machos Angus em relação aos remates acompanhados foi de R$ 20.970,20 e a das fêmeas, de R$ 13.087,95. O valor médio de reprodutores Ultrablack foi de R$ 35.714,00 e das fêmeas de R$ 22.301,40. O cálculo considera uma média simples e baseia-se nos dados divulgados pelas leiloeiras e pelos proprietários.
Para o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, o resultado foi excelente e bem acima do praticado em 2020. Comparando as médias da raça Angus, o ganho foi de 29,8% nos machos e de 31,7% nas fêmeas. “Os dados mostram o aumento da procura por genética como reflexo de um mercado aquecido, que se mostrou um bom negócio para compradores e vendedores”, ponderou.
A Primavera de 2021 também foi marcada por recordes nas raças Angus e Ultrablack. Os dois preços tops foram alcançados em leilão promovido pela VPJ Pecuária, de Jaguariúna (SP), já no final da temporada. Na raça Angus, o feito foi conquistado pelo reprodutor VPJ Evolution Sure Fire FIV1160, que teve valorização de R$ 1.152.000,00, após ter cota de 50% arrematada por R$ 576 mil por Ricardo Beira, da Fazenda Villa di Roma, de Amparo (SP). Entre os exemplares Ultrablack, a fêmea VPJ Ultrablack Levine FIV012 foi o destaque do ano. O animal foi comercializado por R$ 102.600,00 para o criador Manoel Alípio Albuquerque Jr, da Agropecuária MAAJ, de Canudos (BA).
Segundo o gerente de Fomento da Angus e superintendente da raça Ultrablack, Mateus Pivato, os resultados alcançados neste ano sinalizam o bom momento vivido pela pecuária, além de consolidarem a raça Ultrablack como mais uma opção para a produção de carne de qualidade nos plantéis. “As pistas aquecidas para a Ultrablack nos mostram que os criadores têm apostado cada vez mais na genética desses animais pelo processo criterioso no qual vêm sendo produzidos e selecionados”.