Raça Punganur finalmente terá seu registro no Brasil

Brasil vai iniciar registro de miniboi, animal que não passa de 1 metro de altura tem origem indiana e pode custar até R$ 20 mil.

Um marco para a preservação da história da pecuária brasileira. Durante a ExpoZebu, será realizada a marcação oficial dos primeiros exemplares da raça Punganur. Os animais são conhecidos por possuírem a pelagem, o formato da cabeça e a rusticidade muito parecidos com os de outras raças zebuínas já difundidas no Brasil. Mas se diferencia pelo porte: os animais adultos normalmente não passam de um metro de altura, carinhosamente chamados de miniboi.

O registro da raça, com objetivo de preservação, foi aprovado durante reunião do Conselho Deliberativo Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, e autorizado oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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Rebanho Punganur no Brasil, propriedade de Arlindo Drummond. Desse sairá a fêmea que será marcada com o número 1 no Livro de Fundação. / Foto: José Otávio Lemos

A marcação será feita no dia 02 de maio, às 08h, no Recinto de Avaliação das Raças Zebuínas “Torres Homem Rodrigues da Cunha”, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). O procedimento de registro seguirá as regras já estabelecidas e, por isso, neste primeiro momento os animais serão registrados como PA (puro em avaliação), ou seja, um grupo genético em verificação até a formação de um efetivo considerável.  Ao todo, doze animais serão registrados. O primeiro macho é o do criador Carlos Lerner Gonçalves. Já a primeira fêmea é de propriedade de Arlindo Drummond. O expositor Marco Antônio Andrade Barbosa também terá animais registrados na feira.

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Nelore x Punganur / Foto: Divulgação

Carlos Lerner Gonçalves, por exemplo, iniciou a seleção de Punganur na década de 90. O núcleo primário do plantel foi constituído por animais adquiridos de Mauricio Teixeira. Anos depois, Carlos Lerner inseminou vacas, com sêmen coletado dos touros Nelore PO de sua criação, sempre buscando o aperfeiçoamento racial e genético contínuo dos animais. “Fui aumentando o meu rebanho, mas sempre me baseando em um critério muito rígido de caracterização e tamanho”, conta.

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Foto: Divulgação

Além desses, foi adquirido um reprodutor da fazenda Mundo Novo, num mesmo padrão de tamanho, o qual proporcionou um bom refrescamento de sangue. Hoje a propriedade possui cerca de cinquenta fêmeas para reprodução. “Me apaixonei pela raça no dia em que provei a carne de uns dos animais que mandei abater. Extremamente macia e bem marmorizada”, finaliza.

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