Girolando supera em 2018 número de registros de animais com genealogia conhecida, desde 1989 já são mais de 1,5 milhão de animais registrados.
A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, que hoje conta com quase quatro mil associados, bateu o recorde de controles e registros definitivos de animais com genealogia conhecida (GC) no ano de 2018.
Receberam o certificado definitivo um total de 24.514 animais de todas as composições raciais e categorias. O recorde anterior era de 2017, quando foram certificados 22.217 animais. No geral, foram certificados 78.568 animais em todas as categorias. Desde 1989, quando se iniciou o “Programa para Formação da Raça Bovina Girolando” já foram certificados o total de 1.771.235 animais.
A raça Girolando já está presente nos rebanhos brasileiros há mais de 20 anos e é responsável por 70% dos 35 bilhões de leite captados ao ano, o crescimento foi compassado. No início, algumas críticas brotavam, e o argumento era de que ela não daria leite em grande volume. De outro lado, sua rusticidade e adaptação plena aos trópicos jamais foram contestadas. Um caprichoso melhoramento genético foi corrigindo alguns defeitos, e a Girolando passou a ser avistada em maior número nas pastagens do interior de Estados como Minas Gerais e São Paulo.
“A raça Girolando hoje é a que mais vende sêmen entre as leiteiras nacionais, mesmo sendo uma das mais novas. Temos apenas 22 anos de reconhecimento como raça oficial pelo Mapa, o que é um período relativamente curto em se tratando de melhoramento genético, mas que o Girolando alcançou um avanço impressionante, com melhoria significativa na produção de leite e outras características. Com a incorporação da genômica ao programa de melhoramento da raça, acreditamos que os próximos anos serão ainda mais expressivos para o Girolando”.
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“Para o produtor de leite, isso representará um ganho considerável em rentabilidade, pois poderá adquirir animais que desde muito jovens já são comprovadamente melhoradores dentro das características de maior influência econômica. Para o consumidor, esse avanço resultará em uma maior oferta de leite, com qualidade superior. A seleção genética ainda está possibilitando aumentar a produção de leite A2, que não provoca reações alérgicas ao ser ingerido pelas pessoas, porque contei o alelo A2 do gene Beta-Caseína. Já temos vários touros positivos para esta característica dentro da raça” disse Luiz Carlos Rodrigues presidente da Associação.
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As fêmeas Girolando, produtoras de leite por excelência, possuem características fisiológicas e morfológicas perfeitas para a produção nos trópicos, como a capacidade e suporte de úbere, tamanho de tetas, fatores intrínsecos à lactação, pigmentação, capacidade termorreguladora, aprumos e pés fortes, conversão alimentar, eficiência reprodutiva, etc., atribuindo um desempenho muito satisfatório economicamente.