Vivendo um momento de verdadeiras expectativas, o mercado do boi gordo, tem paralisação nas negociações e preços estáveis; Virada do mês será decisiva!
O mercado físico do boi gordo continua a sua trajetória e manteve os, predominantemente, estáveis pelas principais praças pecuárias do país, nessa quarta-feira, 27. O destaque fica para a região onde a seca apertou de forma mais rápida os pecuaristas, por conta da deterioração das pastagens, forçando uma liquidação dos animais à pasto. Ainda esperando a chegada do Dia dos Pais, mercado do Boi gordo encontra “marasmo” nas negociações!
O cenário, de maneira geral, mantém os frigoríficos ainda sinalizando para uma posição confortável em suas escalas de abate, posicionadas entre seis e oito dias úteis em média. Em São Paulo o mercado aparenta maior sinal de acomodação, com animais padrão China ainda negociados com melhores preços, diante da expectativa de novo recorde de faturamento.
“A incidência de animais a termo tornou o posicionamento das escalas de abate mais confortável ”, destaca a consultoria da Agência Safras
O final de mês, marcado por consumo de carne bovina lento, e escalas relativamente alongadas para o período, tem tirado o ímpeto de compra das indústrias. A pressão é de baixa nos preços da arroba e preços abaixo da referência tem sido testados, mas poucos negócios foram concretizados.
A referência do boi e vaca gordos está e/praticamente estável desde 20 de julho, apontou a Scot Consultoria. Portanto, o preço pago pela arroba de boi, vaca e novilha segue estável em R$310,00, R$280,00 e R$300,00, preços brutos e a prazo, na mesma ordem.
Pelo “boi China” – animais de até 30 meses de idade com destino ao mercado externo – é pago valores que chegam até R$320,00/@. Segundo o app da Agrobrazil, a melhor negociação ficou para a região de Pereira Barreto, com valor de R$ 310,00/@ para boiada com pagamento à vista e abate programado para o dia 18 de agosto.
Já o Indicador do Boi Gordo CEPEA, trouxe uma nova valorização na comparação diária de 0,71%. Com isso, os preços que estavam com média de 322,75/@ saltaram para o valor de R$ 325,05/@, motivando os pecuaristas da região paulista a aguardar a virada do mês, onde devemos ter melhores ofertas.
Além da posição de cautela das indústrias compradoras, muitos pecuaristas aguardam melhores condições de preços para retornar ao mercado e negociar os lotes terminados no primeiro de confinamento.
Por isso, reforça a consultoria, as indústrias permanecem ausentes das compras, porém a especulação baixista vem perdendo força no mercado brasileiro do boi gordo, devido principalmente ao avanço do período de entressafra de animais terminados a pasto.
“Ainda não é possível apontar a magnitude desses avanços, que devem seguir as diretrizes do tamanho do apetite das exportações, principalmente ao mercado da China”, observa a IHS.
Estimativas indicam mais um mês de avanço nas exportações
Nos 16 primeiros dias úteis de julho/22 (acumulado das quatro semanas do mês), o Brasil exportou 129,67 mil toneladas de carne bovina in natura, com uma média diária embarcada de 8,1 mil toneladas, o que significou avanço de 7,7% frente ao volume médio observado em julho/21, de 7,5 mil toneladas, informa nesta terça-feira (26/7) a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Em julho de 2021, as vendas externas de carne bovina in natura alcançaram um total de 165 mil toneladas (abrangendo um período de 22 dias úteis), relembra a IHS Markit.
Diante do volume médio diário observado até o momento, as perspectivas apontam para exportação ao final de julho/22 acima das 170 mil toneladas, prevê a consultoria. Tal desempenho esperado representaria um ligeiro crescimento (pouco abaixo dos 5%) sobre o desempenho registrado em julho de 2021 (165 mil toneladas).
Giro do boi gordo pelo país, por Safras
- Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi permaneceu em R$ 314.
- Em Dourados (MS), os preços subiram para R$286.
- Em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo teve preço de R$ 287.
- Em Uberaba (MG), os preços despencaram para R$290.
- Em Goiânia (GO), os preços do boi continuam a R$ 285 a arroba.
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Carne bovina no atacado
Contudo, o mercado atacadista do boi gordo apresentou preços firmes. O ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços ao longo da primeira quinzena de agosto, período que conta com maior apelo ao consumo.
Além disso, a demanda durante o Dia dos Pais é fator relevante a ser considerado para estimular a reposição entre atacado e varejo. Por conta disso, o quarto dianteiro do boi fechou com preço de R$ 16,20. Já a ponta de agulha também se estabilizou e ficou a R$ 16,10. Por fim, o quarto traseiro do boi mantém-se em R$ 21,90 por quilo.