
“Queremos que a exportação (do agro) continue crescendo, o que não atrapalha a nossa indústria. Para que o agronegócio seja mais competitivo”, disse o presidente no encerramento do evento do Dia da Indústria, na sede da Fiesp
O encerramento do evento do Dia da Indústria, na sede da Fiesp, nesta quinta-feira (25/5), foi marcado pela presença maciça de membros do Executivo e do Legislativo. Em discurso para uma plateia de empresários na sede Fiesp, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quinta-feira uma defesa da indústria brasileira e de sua importância para o país, e ao mesmo tempo fez uma aceno ao agronegócio, setor em que o atual governo tem encontrado dificuldades de diálogo.
O agronegócio também teve lugar na fala do presidente. Ele afirmou que o crescimento do setor não é incompatível com o crescimento da indústria de transformação, podendo, inclusive, ser um importante comprador. “Queremos que a exportação (do agro) continue crescendo, o que não atrapalha a nossa indústria. Para que o agronegócio seja mais competitivo, vai precisar comprar mais máquinas da indústria e ter mais acesso à ciência e tecnologia”, disse o presidente.
<iframe width="1128" height="635" src="https://www.youtube.com/embed/Nztec00z5Wo" title="AO VIVO | Dia da Indústria: Presidente participa de evento na Fiesp" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen></iframe>
No evento do Dia da Indústria promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Lula defendeu que o país tenha uma política industrial “ativa e altiva”, mas sem tirar a importância do agronegócio. “Tem muita gente que fala em crescimento industrial e relega a um lugar muito secundário o agronegócio, a exportação de commodities”, afirmou.
“Tem muita gente que fala em crescimento industrial e relega a um lugar muito secundário o agronegócio, a exportação de commodities”, afirmou.
“A gente quer que a indústria brasileira cresça, mas a gente quer que a exportação de commodities continue crescendo. O Brasil precisa ser exportador cada vez mais de grãos, cada vez mais de carne, cada vez mais das coisas que nós sabemos produzir. E isso não atrapalha a indústria”, acrescentou.
Lula defendeu ainda que, para se ter uma indústria forte, é preciso ter “trabalhadores fortes, ganhando salário justo e podendo ser consumidor daquilo que produz”.
O presidente também incentivou o investimento por meio de instituições financeiras, dizendo que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os bancos estatais “precisam colocar dinheiro no mercado”, para atender os empresários menores.
Lula ainda fez uma defesa da política de seu governo em relação à Argentina, um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Segundo ele, é de interesse do país que as exportações para o vizinho continuem crescendo.
“Mais do que querer ajudar a Argentina, queremos ajudar os exportadores brasileiros que querem vender para a Argentina”, disse.

Citando sua viagem recente para o Japão, quando participou do encontro das sete maiores economias do mundo (G7), Lula pontuou que a perspectiva dos países em relação ao Brasil é, atualmente, melhor do que em seu primeiro mandato.
“As pessoas estão depositando expectativas no Brasil”, disse.
NOVO ATAQUE AO BC
Durante o discurso, feito de improviso, Lula chegou a dizer que não trataria da política monetária — algo que havia sido abordado em discursos anteriores no evento, inclusive pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Pouco depois, no entanto, Lula voltou a subir o tom contra o Banco Central e disse que era uma “excrescência” a taxa básica Selic ser de 13,75% ao ano.
Nos últimos meses, Lula e aliados têm feito críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao BC por manterem a Selic em níveis considerados elevados. Campos Neto, por sua vez, tem alertado para os níveis ainda preocupantes da inflação.
Durante o evento, que começou pela manhã, vários participantes defenderam reiteradamente que uma reforma tributária seja realizada no país. Além disso, foi citada a importância da tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso.
No encerramento do evento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ouviu um apelo por parte de Lula. “Pacheco, por favor: apresse as votações, porque o trem está apitando.”
Pacheco afirmou que o Senado vai enviar o texto do marco fiscal para a sanção de Lula no decorrer de junho.

FIESP
Durante seu discurso, Lula também fez elogios ao atual presidente da Fiesp, Josué Gomes, que é industrial da área têxtil e filho de José Alencar, que foi vice-presidente nos dois primeiros mandatos do petista.
Em janeiro, pouco depois de Lula ter assumido a Presidência para seu terceiro mandato, Josué Alencar enfrentou um processo de destituição, posteriormente revertido, em um momento de acirramento da disputa interna na federação, que durante o governo anterior chegou a ser vista como uma entidade bolsonarista.
Nesta quinta-feira, Lula disse ter “alegria” por Josué ser o presidente da Fiesp. “Eu conheci muitos presidentes da Fiesp, desde 1975, e posso te dizer uma coisa: a Fiesp precisava de um empresário do teu tipo”, disse Lula. “Um cara moderno, um cara corajoso, um cara que tem a vida dentro da empresa.”
Novo sorgo granífero supera 6.000 kg por hectare e garante alta produtividade
O novo sorgo é indicado para as regiões já consolidadas no cultivo dessa cultura, como Centro Oeste, Nordeste e Sudeste.
Continue Reading Novo sorgo granífero supera 6.000 kg por hectare e garante alta produtividade
Carcaças mais pesadas: a nova era da pecuária brasileira
Em 2024, o Brasil exportou 2,5 milhões de toneladas de carne bovina in natura, volume 26,9% maior do que o embarcado em 2023.
Continue Reading Carcaças mais pesadas: a nova era da pecuária brasileira
Produtores brasileiros de algodão enfrentam cenário desafiador com escassez de produto de qualidade e incertezas no mercado internacional
Alta na produção brasileira e tensões comerciais entre EUA e China podem abrir novas oportunidades, mas exigem atenção redobrada para o manejo no campo.
A árvore das mil mangas: o legado vivo de um horticultor indiano
Em Uttar Pradesh, cidade indiana, uma árvore com mais de 300 mangas reflete o legado do horticultor Kalimullah Khan.
Continue Reading A árvore das mil mangas: o legado vivo de um horticultor indiano
Vaca pare três bezerros de uma só vez em fazenda de Quixeramobim
Na pecuária, a maioria das vacas costuma ter apenas um bezerro por gestação, e partos gemelares já são considerados raros.
Continue Reading Vaca pare três bezerros de uma só vez em fazenda de Quixeramobim
Ocupação chega ao fim mas MST faz ação de bloqueio em rodovias de MS
Após desocupação área que pertence à empresa JBS, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra um bloqueio na BR-060.
Continue Reading Ocupação chega ao fim mas MST faz ação de bloqueio em rodovias de MS