Quem será o candidato a presidente do Agro?

De acordo com a líder do grupo, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), a tendência é que não se feche apoio a um único candidato a presidente do agro

A bancada do agronegócio está dividida na eleição presidencial. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), é o que mais empolga, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador, Alvaro Dias (Podemos-PR) e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) crescem entre os integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária.

O “lobby” a favor de Bolsonaro é feito pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). “Vou apoiar o Bolsonaro. Me comprometi em ajudá-lo em outubro, quando o DEM ainda não pensava em apresentar a pré-candidatura de Maia. Não tem como voltar atrás. Bolsonaro é um fenômeno e vem crescendo de maneira forte, homogênea e consistente nos mais diversos setores”, disse.

Antecessor de Tereza Cristina na coordenação da bancada ruralista, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) acredita que a “pouca estrutura partidária” vai atrapalhar os planos de Bolsonaro de ver sua pré-candidatura decolar.

“É natural que a bancada tenha suas preferências partidárias ou regionais. No Sul, o Alvaro Dias é forte, mas há uma divisão entre Alckmin, que tem a preferência de muitos, e Maia, que tem seus simpatizantes. Tudo ainda está muito pulverizado. Em maio, teremos um cenário um pouco mais claro”, disse o tucano.

Em setembro do ano passado, Bolsonaro almoçou com cerca de 30 deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária, que saíram do encontro divididos em relação ao discurso do deputado.

Em 2017, Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria, que à época era visto como possível presidenciável da legenda tucana, também almoçaram com a bancada. A avaliação dos presentes é que ambos foram melhor recebidos que Bolsonaro.

Maia, que se encontrou com eles na semana passada, deparou-se com mais elogios do que críticas. Há a expectativa de que o grupo receba na próxima semana o empresário Flávio Rocha, da Riachuelo, que ainda avalia ser candidato à Presidência da República.

Para o deputado Marcos Montes (PSD-MG), ainda está muito cedo para apostar num presidenciável que seja a “cara do Agro”.

“Quem tem mais gestão hoje é o Alckmin. Mas o tempo vai mostrar se o Bolsonaro vai ser um voo de galinha ou se vai se sustentar como opção viável dentro da lógica partidária também.”

Com informações do Valor.

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