Queijo brasileiro figura entre os melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards

Um queijo fino autoral produzido no Oeste do Paraná alcançou, no último final de semana, a posição entre os nove melhores do mundo e o melhor da América Latina. Os títulos foram conquistados no concurso World Cheese Awards realizado em Portugal. Concorrendo com 4.784 tipos de queijos de 47 países, o Passionata é produzido no Biopark, em Toledo, e voltou para o Brasil com o super ouro. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze. 

O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores. “A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, fala uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi. 

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destaca o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”, ressalta. 

Geração de renda

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia e a maioria vem de pequenos e médios produtores. Hoje, 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer do ano de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss. “O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explica Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDRPR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”, acrescenta.

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica  para iniciar a produção. 

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra, localizada no Biopark.

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