Uma pergunta importante: o tamanho importa? Bem, na pecuária sim. A circunferência escrotal pode ser um indicador valioso da fertilidade de um touro, se for medida corretamente. Você concorda?
A circunferência escrotal pode ser um indicador valioso da fertilidade de um touro, se for medida corretamente. Sendo assim o órgão masculino têm sido objeto de discussão há muito tempo, com uma pergunta em mente: o tamanho importa? Bem, na agricultura sim – e se você é um touro, você é praticamente inútil se não for abençoado com um grande escroto.
Os produtores de bezerros sabem há muito tempo que o tamanho da circunferência escrotal é importante ao tomar decisões de seleção de touros. A circunferência escrotal de um touro é a melhor estimativa do volume dos testículos e, portanto, a quantidade de potenciais produtores de tecidos produtores de esperma pode ser medida, diz Glenn Coulter, diretor assistente do Lethbridge Research Center em Alberta, Canadá.
Um bom touro reprodutivo deve ter um escroto maior, porque isso, geralmente, indica uma boa medida da produção de espermatozoides. Então, quanto mais esperma, maior a prole para o pecuarista.
Mas, medidas de circunferência escrotal e EPDs têm mérito apenas se forem usados adequadamente e se forem medidos corretamente, acrescenta Coulter.
Segundo o professor Stephen Boyles, especialista americano em carne bovina, o objetivo do escroto é o controle da temperatura. Os testículos, basicamente, têm duas funções: produzir esperma e testosterona. Os testículos estão localizados fora da cavidade do corpo no escroto. Isso é essencial para a formação normal do esperma, que ocorre a uma temperatura vários graus abaixo da temperatura normal do corpo.
A circunferência escrotal lidera a lista como um dos três componentes de um exame de sanidade reprodutiva (BSE). É altamente correlacionado (0,72-0,92) com a produção diária de esperma em touros de 12 a 18 meses. O tamanho do escroto de touros de um ano também está positivamente correlacionado com a motilidade dos espermatozoides e a porcentagem de espermatozoides normais, os outros dois componentes de uma BSE. Assim, a circunferência escrotal de um touro jovem afeta direta e indiretamente sua probabilidade de passar todos os três componentes da BSE.
“Uma causa comum de baixa fertilidade no touro é o desenvolvimento anormal do testículo e do saco escrotal. Os testículos devem ser simétricos, quase do mesmo tamanho e móveis livremente no escroto. Tamanho pequeno ou degeneração geralmente afeta apenas um testículo e é uma descoberta séria”, diz Boyles em um trabalho de pesquisa.
As aparências podem enganar
Mas tenha cuidado. Mesmo que um touro pareça ter testículos maiores e se possa pensar que isso é uma indicação de fertilidade, as aparências podem enganar.
Roy Lewis, do Western Producer, relatou uma pesquisa feita pelos Drs John Kastelic e Jacob Thundathil da faculdade de medicina veterinária da Universidade de Calgary, no Canadá. Eles descobriram que a nutrição, tanto no útero quanto especialmente no início da vida, teve um efeito profundo no desenvolvimento testicular.
Eles também descobriram que bezerros com uma dieta pobre em nutrientes podem parecer ter cabeças, chifres (se com chifres) e testículos de tamanho normal, mas é uma ilusão de ótica. Se um animal é magro e atrofiado, essas partes automaticamente parecem maiores.
“Assim, os bezerros e suas mães devem receber uma boa nutrição desde cedo, principalmente nos primeiros quatro meses de vida do bezerro. Isso deve funcionar bem, pois é ao mesmo tempo que as vacas precisam estar em um plano crescente de nutrição para se reproduzir”, afirma o relatório.
Então, como você pode dizer a olho nu que o touro que você está comprando tem o tamanho escrotal perfeito para fazer o investimento valer a pena?
Então, como você mede os testículos?
Bem, você terá que puxar os testículos do touro com as mãos e colocar uma fita métrica nos pontos mais largos. As medidas devem ser registradas em centímetros.
Um artigo do beefmagazine.com afirma que para um touro ser classificado como um bom reprodutor em potencial, um touro de um ano deve estar em boa saúde geral e exceder um limite superior a 30 cm de circunferência escrotal; motilidade espermática superior a 50% e esperma normal superior a 70%.
A orientação dos testículos dentro do escroto também deve ser observada. Duas anormalidades comuns incluem um testículo sendo mantido mais alto que o outro e um ou ambos os testículos sendo girados em torno de seu longo eixo. No entanto, a extensão da importância dessas anormalidades não está bem documentada, diz Coulter.
Fazendo certo Uma técnica consistente de medição da circunferência escrotal é essencial se as comparações forem feitas entre touros para fins de seleção, ou se os padrões mínimos forem aplicados como critérios de elegibilidade para estações de teste de desempenho de crescimento de touros ou shows.
Coulter descreve a técnica adequada para fazer medições escrotais da seguinte forma:
- Palpe os testículos firmemente na parte inferior do escroto para que fiquem lado a lado e as rugas escrotais que possam inflar a medida sejam eliminadas. (Se a temperatura estiver abaixo de zero, os touros devem ser avaliados em um ambiente mais quente.)
- Coloque o polegar e os dedos de uma mão nas laterais do escroto, embalando os testículos. Estabilizar os testículos segurando a frente e as costas ou o pescoço do escroto pode causar uma medição imprecisa.
- Deslize a fita métrica escrotal enrolada sobre os testículos-escroto e contraia-a ao redor da maior circunferência. Coloque uma tensão moderada na fita deslizante com o polegar até que a resistência moderada seja fornecida pelo testículo-escroto.
- Pouca compressão do testículo-escroto ocorrerá em touros com testículos normais, enquanto a compressão pode ser substancial em touros com escroto espesso e gordo e/ou testículos moles. Testículos firmes com bom tônus e resiliência são os mais desejáveis.
- Finalmente, leia a circunferência. Em seguida, repita o procedimento para confirmar os resultados.
A maior fonte de variação entre os indivíduos que fazem medições da circunferência escrotal é a quantidade de tensão colocada na fita métrica, diz Coulter. A “tensão moderada” é interpretada de forma diferente por diferentes operadores, diz ele.
Para tentar minimizar essa variação, Coulter e seus colegas Del Buckley e Bruce Scobie na estação de pesquisa de Lethbridge projetaram a Coulter Scrotal Tape. Uma mola dentro da alça da fita fornece exatamente a mesma quantidade de tensão toda vez que uma medida da circunferência escrotal é feita.
“Isso não elimina todos os problemas, mas aplica uma tensão consistente a cada vez”, diz Coulter.
Outra consideração para minimizar o erro é segurar o testículo-escroto corretamente ao fazer a medição, diz Coulter. Coulter diz que as medições da circunferência escrotal de touros de rebanho devem ser feitas anualmente ou mesmo semestralmente. Normalmente, o tamanho escrotal deve aumentar em filhotes de um ano à medida que atingem dois e três anos de idade.
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De acordo com a revista, a circunferência escrotal também é considerada um melhor preditor da puberdade do que a idade ou o peso corporal, e uma correlação foi encontrada entre a circunferência escrotal de um touro e a idade em que suas filhas atingem a puberdade. Simplificando, touros com testículos maiores geram filhas que começam a pedalar mais cedo.
A Iowa State University , nos EUA, recomenda uma circunferência escrotal mínima de 32 cm a 34 cm, mas aponte para 35 cm e acima. Isso é maior que uma régua.
