Ele avisou que o verão será mais quente, com possíveis novas ondas de calor, devido ao aquecimento global e ao aquecimento generalizado dos oceanos, não apenas no Pacífico; veja
Nos últimos seis meses, o Brasil apresentou quatro ondas de calor intensas, culminando na mais forte registrada em novembro, com temperaturas atingindo níveis recordes em vários estados. A incerteza paira sobre o termo dessa série, enquanto os meteorologistas divergem sobre a próxima onda de calor que poderá assolar o país.
O meteorologista Celso Oliveira acredita que é prematuro determinar um dado preciso para a próxima onda de calor, mas aponta para um possível aumento nas temperaturas entre os dias 29 e 30 de novembro. Ele está relacionado ao El Niño, que tem exercido uma influência significativa, especialmente no Sudeste, tornando este ano notavelmente mais acelerado.
“Não esperamos a mesma intensidade das últimas semanas, mas é um impacto direto do El Niño, que se faz sentir na virada do mês”, observa Oliveira.
Para os próximos meses, Celso projeta um cenário em que as chuvas ganham regularidade em dezembro, amenizando as temperaturas até o final da primavera, em 22 de dezembro. No entanto, ele avisou que o verão será mais quente, com possíveis novas ondas de calor, devido ao aquecimento global e ao aquecimento generalizado dos oceanos, não apenas no Pacífico.
Alexandre Nascimento, da Nottus Meteorologia, destaca que o El Niño não é o único responsável pelo calor extremo. O empilhamento do fenômeno, combinado ao aquecimento global e ao enfraquecimento do sistema de alta pressão, contribuíram para o clima atípico nas últimas semanas.
Nascimento prevê que o sistema de alta pressão, também conhecido como bolha de calor, permanecerá ativo até dezembro, embora com menos intensidade. Isso abrirá espaço para mais nuvens no céu e temperaturas mais amenas, mas os especialistas concordam que o El Niño persistente e os efeitos do aquecimento global podem pavimentar o caminho para futuras ondas de calor.
Ambos os especialistas também apontam que o final do verão pode trazer um clima mais ameno, mas não exclui a possibilidade de novos picos de calor em janeiro e fevereiro. Alexandre Nascimento esclarece que, embora possa haver aumentos pontuais de temperatura, não necessariamente se caracterizarão como uma onda de calor generalizada, como a observada recentemente.
Em meio à incerteza climática, os brasileiros são aconselhados a monitorar as notificações do clima e a se preparar para variações extremas de temperatura nos próximos meses.
Escrito por Compre Rural com informações do Globo Rural.
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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