Quais são os países que mais poluem o mundo com dióxido de carbono

Quais países são os maiores poluidores de carbono do mundo? Será que o Brasil figura o top 10 dessa lista tão indesejada? Confira agora!

O último relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou que durante o último ano registrado (2020), a concentração de CO2 na atmosfera bateu mais um recorde, apesar da queda nas emissões de combustíveis fósseis durante a pandemia de Covid-19. Especificamente, a concentração atingiu 413 partes por milhão (ppm) em 2020, 149% a mais do que os níveis pré-industriais (antes de 1750).

Nem todos os países enfrentam o mesmo nível de responsabilidade em relação à crise climática. Os maiores poluidores precisam tomar medidas para reduzir suas emissões de carbono, mas também para compensar sua pegada de carbono, apoiando projetos ambientais em todo o mundo.

A cada ano, mais de 30 giga toneladas de CO2 são liberadas na atmosfera da Terra: esta é a principal fonte dos gases de efeito estufa que contribuem para a mudança climática. A maior parte desses gases provém do uso de combustíveis fósseis, da geração de energia por meio de canais não renováveis ​​e de atividades humanas poluidoras.

Quais são os países que mais poluem o mundo com gás carbônico
Foto: Divulgação

10 maiores poluidores

No entanto, a maior parte dessa poluição vem de poucos países: a China, por exemplo, gera cerca de 30% de todas as emissões globais, enquanto os Estados Unidos são responsáveis ​​por quase 14%. No ranking abaixo você encontra os 10 países que produzem a maior emissão, medida em milhões de toneladas de CO2 em 2019.

  1. ?? China, com mais de 9.899 mi/tons de CO2 liberadas;
  2. ?? Estados Unidos, com 4.457 mi/tons de CO2;
  3. ?? Índia, com 2.302 mi/tons de CO2;
  4. ?? Rússia, com 1.482 mi/tons de CO2;
  5. ?? Japão, 1.027 mi/tons de CO2;
  6. ?? Irã, 678 mi/tons de CO2;
  7. ?? Alemanha, 604 mi/tons de CO2;
  8. ?? Coreia do Sul, 577 mi/tons de CO2;
  9. ?? Arábia Saudita, 570 mi/tons de CO2;
  10. ?? Canadá, 517 mi/tons de CO2.

Fonte: BP Statistical Review of World Energy 2021

Atingindo a neutralidade carbônica

Esses países não conseguirão atingir a neutralidade carbônica apenas reduzindo suas emissões domésticas. Eles precisarão compensar grande parte de sua pegada de carbono nos mercados internacionais de carbono.

Acima você pode ver os 5 maiores poluidores de dióxido de carbono de 2018, juntamente com sua participação global e a evolução que cada país experimentou desde os anos 70.

Foto: Divulgação

E o Brasil?

Além de estar longe dessa lista de países poluidores, o Brasil pode ser o grande vencedor desse mercado, em 2021 o mercado de crédito de carbono movimentou US$ 25 milhões no Brasil no ano passado, o equivalente a 17 milhões de toneladas de carbono capturados e convertidos em crédito. O mercado global de crédito de carbono gerou US$ 1 bilhão em transações. Os dados fazem parte de um estudo da McKinsey.

Para 2030, a estimativa é que o mercado alcance US$ 100 bilhões no mundo. “É um mercado que não atraía tanto interesse do capital internacional, mas depois da COP 26 a procura explodiu”, afirma Henrique Ceotto, sócio líder de Prática de Sustentabilidade da McKinsey.

Foto: Divulgação

“O Brasil tem potencial único de liderar a economia verde. O país pode gerar de US$ 20 bilhões a US$ 100 bilhões em crédito de carbono, mas ainda é preciso regular esses títulos no país”, afirmou po executivo.

No Brasil, a origem dos créditos tem perfil diferente do que o observado no restante do mundo. Globalmente, 50% dos créditos são gerados em florestas, 25% vêm de fontes de energia renovável e 25% de outras fontes – como a troca de fogão a lenha por gás, o que gera créditos em países da África e dos Andes.

Já no Brasil, 67% dos créditos são gerados em florestas e 30% em atividades agrícola. O restante vem da conversão de resíduos em energia (como o uso de lama de esgoto ou dejetos de animais para a produção de biogás). Ceotto calcula que o país tem potencial para emitir 200 milhões de toneladas em créditos de carbono associados à conservação de florestas entre 2022 e 2030. Outros 200 milhões de toneladas em créditos podem ser gerados no período com reflorestamento e aflorestamento.

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