Entre os cafés mais caros do mundo, destaca-se o geisha do Panamá, onde uma xícara pode custar quase R$ 6 mil.
Já imaginou desembolsar mais de R$ 10 mil por um quilo de café? Essa bebida energética, querida e apreciada em diversas culturas, tem seu valor determinado pela complexidade de produção e o local de colheita. Entre os cafés mais caros do mundo, destaca-se o geisha do Panamá, onde uma xícara pode custar quase R$ 6 mil. Para os entusiastas de cafés exóticos, existe o tailandês Marfim Negro, que é processado por elefantes. Eles consomem os grãos de café arábica e os digerem antes da coleta final.
No Brasil, o grão mais valioso é o Café Jacu, cultivado no interior do Espírito Santo. Seu método de produção envolve a coleta das fezes do Jacu, um pássaro nativo da Mata Atlântica, típico dessa região. Embora não esteja entre os mais caros do mundo, o Café Jacu ainda possui um preço elevado: aproximadamente R$ 700 por quilo.
Seja devido à produção exótica ou ao cultivo em regiões vulcânicas, como o Ospina Dynasty Premier Grand Cru Grand Reserve, a verdade é que o café pode proporcionar uma ampla variedade de sabores para os apreciadores da bebida. A seguir, apresentamos uma lista com alguns dos cafés mais valorizados mundialmente.
Café Geisha — R$ 10 mil por quilo
O café Geisha do Panamá, atualmente o mais caro do mundo, é originário da floresta Gori Gesha, na Etiópia. Foi apenas na década de 1960 que os grãos chegaram ao Panamá. Hoje, essa variedade é a mais valiosa, superando R$ 10 mil por quilo.
O professor Leandro Paiva, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, explica que essa variedade possui uma produtividade menor devido às folhas mais finas, que são mais vulneráveis ao vento e a doenças. “É uma planta que se adapta muito bem a grandes altitudes, acima de 1400 metros, mas não se adapta em qualquer lugar. Suas principais características são a qualidade superior, aromas florais intensos e sabores de frutas cítricas”, destaca ele.
Café Ospina Dynasty Premier Grand Cru Grand Reserve — R$ 10 mil por quilo
O café colombiano Ospina Dynasty Premier Grand Cru Grand Reserve é valorizado não apenas pela sua qualidade excepcional, mas também pelo valor agregado que possui.
Cultivado nas altitudes elevadas da Colômbia, entre 2,3 e 2,8 mil metros, o Café Ospina Dynasty Premier Grand Cru Grand Reserve pode alcançar o preço de R$ 10 mil por quilo. A produção ocorre em uma região vulcânica, o que confere características únicas ao grão arábica. Esse café é conhecido por seu aroma complexo que combina notas de pêssego, laranja, jasmim, chocolate, coco e macadâmia.
Paiva observa que outras regiões também produzem cafés com nuances interessantes e exóticas, mas o diferencial do Ospina está na combinação de qualidade e valor agregado. “O Ospina é um café que reúne o histórico da fazenda e a importância da família Ospina para a cafeicultura colombiana, em um local exótico e único. Esses fatores são considerados ao determinar seu preço no mercado”, explica ele.
Café de Santa Helena (St. Helen a Coffee) — R$ 1.600 por quilo
O Café de Santa Helena é conhecido por ser um dos favoritos de Napoleão Bonaparte
Produzido na pequena ilha de Santa Helena, localizada no meio do Oceano Atlântico entre a América do Sul e a África, o Café de Santa Helena possui um contexto histórico que aumenta seu valor. Napoleão Bonaparte, exilado na ilha, era um grande apreciador dessa bebida local. Hoje, o quilo desse café custa cerca de R$ 1.600.
Marfim Negro (Black Ivory Coffee) — R$ 250 por xícara
O Marfim Negro é conhecido por seu processo de produção exótico, realizado no norte da Tailândia. O processo de produção deste café é verdadeiramente único e acontece no norte da Tailândia, onde elefantes consomem grãos de café arábica e os processam durante a digestão. As enzimas digestivas dos elefantes quebram as proteínas dos grãos, resultando em um café com sabor suave e característico.
Após a coleta, os grãos são cuidadosamente processados e secos. Este método complexo produz quantidades limitadas de grãos inteiros, devido à tendência dos elefantes de quebrá-los durante o processo. Uma xícara pequena deste café pode custar mais de R$ 250.
Kopi Luwak — R$ 6.600 por quilo
O Kopi Luwak, ou café de civeta, é um café exótico produzido na Indonésia. O processo de produção é semelhante ao do Marfim Negro. As cerejas de café são consumidas pela civeta, um animal que lembra um gato e é nativo das florestas tropicais.
Durante a digestão, as cerejas fermentam e os grãos de café são coletados e processados a partir das fezes do animal. O sabor distintivo do Kopi Luwak é atribuído às enzimas que são secretadas durante esse processo único. O preço do quilo deste café pode chegar a aproximadamente R$ 6.600.
Em suma, os cafés exóticos como o Kopi Luwak, o Marfim Negro e o Café Jacu não apenas cativam pelo seu sabor distinto, mas também pela narrativa que envolve sua produção. Com valores elevados no mercado global, esses cafés não são apenas bebidas gourmet, mas símbolos de sustentabilidade e conservação ambiental, promovendo práticas de cultivo que respeitam e protegem ecossistemas delicados. Ao optar por essas variedades, os consumidores não apenas desfrutam de uma experiência sensorial única, mas também contribuem para iniciativas que beneficiam a biodiversidade e promovem a preservação de habitats naturais preciosos.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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