Putin diz que ajudará na exportação de grãos e fertilizantes

Presidente russo falou por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, em meio à preocupação global sobre oferta de alimentos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado que deseja viabilizar a exportação de grãos ucranianos, principalmente por via marítima. Em conversa telefônica neste sábado com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão, Olaf Scholz, Putin também defendeu a possibilidade de aumento da oferta russa de fertilizantes e produtos agrícolas.

Segundo nota do governo alemão, Putin ainda prometeu que a abertura do cinturão de minas colocado para proteger os portos ucranianos para permitir a exportação de grãos por meio de navios não seria usado pela Rússia para ações ofensivas.

“A Rússia está pronta para ajudar a encontrar opções para a exportação de grãos sem impedimentos, incluindo a exportação de grãos ucranianos dos portos do Mar Negro”, informou o Kremlin, em nota, após o telefonema.

“Um aumento na oferta de fertilizantes e produtos agrícolas russos também ajudará a reduzir as tensões no mercado global de alimentos, o que, é claro, exigirá o levantamento das restrições de sanções relevantes”, acrescentou a nota.

A Rússia e a Ucrânia respondem por quase um terço da oferta global de trigo, enquanto a Rússia também é um importante exportador global de fertilizantes e a Ucrânia é um grande exportador de milho e óleo de girassol.

Ainda de acordo com o governo alemão, durante a ligação, Scholz e Macron pediram o armistício imediato e a retirada das tropas russas. Também solicitaram ao presidente russo que se engaje em sérias negociações diretas com o presidente da Ucrânia e encontre uma solução diplomática para o conflito.

A Ucrânia e os países ocidentais acusam a Rússia de armar a crise alimentar criada pela invasão da Ucrânia, que elevou os preços de grãos, óleos de cozinha, combustíveis e fertilizantes. A Rússia, por sua vez, coloca a culpa nas sanções ocidentais contra ela e na mineração dos portos ucranianos.

Fonte: Estadão
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