A proposta estabelece normas para os rodeios, como infraestrutura e cuidados com animais; texto segue para sanção presidencial.
Senadores aprovaram nesta quarta, 18, a regulamentação do Rodeio Crioulo como atividade da cultura popular. Esse tipo de evento é realizado principalmente no Rio Grande do Sul e deverá seguir algumas medidas, de acordo com o projeto de lei. Para começar a valer, o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova legislação traz uma série de regras que devem ser observadas pelos organizadores do evento. Essas normas incluem, por exemplo, a disponibilização de um médico veterinário para acompanhar as condições de saúde dos animais, além de determinar instalações e transporte adequado para os animais.
O projeto aprovado traz ainda a definição de Rodeio Crioulo. “Evento que envolve animais nas atividades de montaria, provas de laço, vaquejada, gineteada, chasque, cura de terneiro, provas de rédeas e outras provas típicas nas quais são avaliadas as habilidades do homem e o desempenho do animal”, dispõe o texto.
No relatório, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), cita que o Rodeio Crioulo é uma “manifestação das tradições do campo” e “um dos componentes da cultura sul-rio-grandense”. Segundo Mourão, o texto também traz “garantias técnicas e procedimentais para que os rodeios e suas atividades se realizem com segurança e respeito aos animais, medidas que devem ser difundidas em todo o território nacional”.
Cuidados com os animais se destacam na regulamentação
O projeto de lei traz diversos pontos considerando o bem estar animal. Por exemplo, é proibido o uso de esporas com rosetas pontiagudas ou qualquer outro instrumento que possa ferir o animal – inclusive aparelhos que provocam choques elétricos.
Os equipamentos de arreio também não podem causar ferimentos, sendo que cintas e barrigueiras devem ser confeccionadas com lã natural ou em couro para garantir o conforto do animal. O laço também deve ser de couro trançado e não é permitido soquear o animal que estiver já laçado.
Outros aspectos que devem ser seguidos:
- Obrigação de comunicar aos órgãos competentes a realização das provas com antecedência de 45 dias;
- Ter infraestrutura de atendimento médico com ambulância de plantão e clínico geral durante o evento;
- Piso de areia ou grama para as canchas de competições e bretes;
- Contratação obrigatória de seguro de vida para peões, laçadores, ginetes, amadrinhadores, breteiros, juízes e narradores.
Fonte: Agro Estadão
VEJA TAMBÉM:
- Lula sanciona incentivo à produção de coco
- Soja: demanda acima do esperado sustenta Chicago na reabertura
- Com apoio do Estado, suinocultor instala biodigestor para produzir sustentavelmente
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.