Programa transforma propriedades em empresas rurais sustentáveis

O programa serve de exemplo aos demais Estados que, constantemente, organizam missões empresariais ao Oeste catarinense, para conhecer os resultados.

No Dia do Produtor Rural, os produtores rurais catarinenses comemoram o sucesso de uma iniciativa que transformou as pequenas propriedades rurais em empresas estruturadas e sustentáveis.

Trata-se do “Encadeamento Produtivo: Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite” que consolidou-se como o maior programa de agronegócio do País.

Com resultados expressivos nas propriedades rurais, atualmente serve de exemplo aos demais Estados que, constantemente, organizam missões empresariais ao Oeste catarinense, para conhecer os resultados e as práticas do projeto.

Denominado Encadeamento Produtivo desde 2014, o projeto é a extensão do Programa de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas, que teve início em 1998 e, em 19 anos, contemplou mais de 45 mil pessoas.

O objetivo é desenvolver e aperfeiçoar as pequenas empresas integradas na cadeia produtiva capitaneada pela Cooperativa Central Aurora Alimentos Cooperativas Filiadas.

Entre as soluções que o programa contempla estão o Programa De Olho na Qualidade, Qualidade Total Rural, Times de Excelência e capacitação ambiental.

Segundo a gestora estadual do Encadeamento Produtivo no Sebrae/SC, Josiane Minuzzi, o Sebrae Nacional está trabalhando no desenvolvimento de um novo projeto para que a iniciativa transborde para outros Estados em 2018. “O Encadeamento é referência no agronegócio e, por isso, o objetivo é atender aos demais Estados que têm cooperativas”, assinala Josiane, ao comentar que no dia 21 de agosto, será realizada em Chapecó uma oficina de replanejamento do projeto com a presença de representantes do Sebrae Nacional, da Aurora e das cooperativas participantes.

Ao mencionar a importância da expansão do projeto aos demais Estados, o vice-presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Neivor Canton, realça que o programa se solidificou e tem reconhecida utilidade aos produtores rurais. “Importante ressaltar que o projeto vem se constituindo em ferramenta decisiva para novas práticas e para que empresários rurais se mantenham na atividade”.

O coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, enfatiza que o sucesso do projeto em Santa Catarina tem relação direta com os programas De Olho na Qualidade, QT Rural e Times de Excelência que contemplam o Encadeamento, bem como o compromisso das cooperativas. “Expandir o projeto aos demais Estados será essencial para ampliar a excelência nos empreendimentos rurais e nas empresas urbanas que integram a cadeia produtiva”.

O diretor técnico do Sebrae/SC, Anacleto Ortigara, realça a expressiva evolução nos empreendimentos rurais com investimentos feitos por meio do programa. “Os resultados mostram que os produtores não medem esforços para implementar novas práticas e tecnologias nas propriedades e que, por meio das soluções do Sebrae, elevaram a produtividade, melhoraram a qualidade de vida e reduziram custos. Hoje são empresas sustentáveis”.

Ancorado pela Aurora Alimentos e Sebrae/SC, o projeto conta com as parcerias, em Santa Catarina, do Senar/SC, Sescoop/SC, Sicoob, Fundação Aury Luiz Bodanese, Cooperalfa, Caslo, Coolacer, Auriverde, Coopervil, Itaipu, Cooper A1, Coopercampos, Copérdia.

No Rio Grande do Sul os parceiros são o Sebrae/RS, Cotrel, Cooper A1, Copérdia e Sicredi/RS. No Paraná, é desenvolvido com o Sebrae/PR, Senar, Cocari, Camisc, Cooperativa Alfa e, no Mato Grosso do Sul, é realizado juntamente com o Sebrae/MS e Coasgo. A iniciativa é destinada às micro e pequenas empresas da cadeia produtiva do agronegócio – rurais e urbanas.

Antes mesmo de criar o Programa de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas, iniciava em 1997, com 15 famílias, no pequeno município de Planalto Alegre, oeste catarinense, a turma-piloto do curso “De Olho na Qualidade” e “Qualidade Total Rural” – soluções que hoje são disponibilizadas por meio do Encadeamento Produtivo.

Além de participar da primeira turma, Antonio Camatti Sobrinho representou os demais empresários rurais, juntamente com as lideranças locais em Brasília, no período das negociações para viabilização do projeto. Segundo ele, os resultados na propriedade foram significativos. “Trabalhávamos sem organização e, após o curso, tudo melhorou 100%, pois passamos a ter planejamento”, enfatiza o produtor, que na época atuava com suínos. Hoje, o filho administra a propriedade que foca na produção de aves com um plantel de 38 mil frangos.

Parmeggiani lembra que desde o primeiro momento os parceiros trabalharam de maneira integrada com a plataforma das cooperativas. “O que se propôs na essência continua acontecendo e não temos notícia de outro programa que se propagou e que tenha promovido o desenvolvimento e a transformação em resultados, por tantos anos. A participação dos pequenos negócios rurais demandou metodologia adequada para educação de adultos, além da disposição para mudanças para o propósito de desenvolvimento dos pequenos negócios rurais”.

Realmente a solução permite preparar os pequenos negócios para elevar o nível de competitividade no contexto das cadeias produtivas.

Fonte: Fecoagro

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