Parceria entre o Sebrae/PR, Prefeitura e produtores está levando orientações técnicas para gerar mais renda com a atividade.
Apicultores de Cruz Machado, município do sul do Paraná, estão recebendo capacitações especializadas sobre a produção e manejo da atividade. A iniciativa do Sebrae/PR e da Prefeitura Municipal iniciada há pouco mais de três meses tem como objetivo melhorar a performance dos produtores, ampliando a quantidade, qualidade e as vendas.
“Hoje caminhamos para uma superprodução de mel, com abelhas fortes e nutridas, que têm uma alimentação correta, e sem perdas de enxame. Se, antes, tínhamos uma média de 15 kg por caixa, nossa previsão é de uma produção de 40 kg. Em 2023, queremos chegar a 70 kg”, conta o apicultor Everton Meneguel.
A colheita, que iniciou em outubro e segue até o começo de 2023, é feita seguindo boas práticas e processos profissionais que já apresentam resultados.
“Agora, fazemos a substituição dos favos velhos e cuidamos da florada, o que vai culminar em uma produtividade maior. Também refletiu na população de abelhas, que passou de pouco mais de 30 mil por caixa, antes, para algo em torno de 100 mil por caixa”, conta Everton.
Outra conquista importante também já obtida é em relação ao própolis, substância produzida pelas abelhas a partir da seiva das árvores que é combinada com a cera e a saliva delas. A produção, que era de pouco mais de 1 kg por colmeia por ano, após o início do projeto, já chegou a 5 kg por colmeia. Uma importante fonte de renda para os apicultores, já que o preço médio do kg do própolis na região é de R$ 230,00.
As abelhas criadas da região de Cruz Machado são africanizadas, uma espécie que é proveniente do cruzamento entre abelhas europeias e africanas. O mel produzido é, especialmente, o de melato da Bracatinga, que resulta em um sabor mais forte e que é ideal para a exportação.
Atualmente, o projeto conta com 13 apicultores. Para 2023, o município registrou mais de 50 produtores interessados em receber as orientações técnicas pelo programa. Para o secretário de Agricultura de Cruz Machado, Silmar Kazenoh, o interesse mostra que os produtores enxergam na atividade uma nova fonte de renda.
“A partir do momento que os agricultores começaram a perceber que o manejo correto dava mais resultado, eles foram migrando e se interessando pelo projeto. Vemos a satisfação das famílias apicultoras que participam. Isso deu a eles a oportunidade de produzirem em maior quantidade e com mais qualidade. É mais renda para as famílias e diversificação das atividades na propriedade rural”, destaca Silmar.
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Com os produtores tendo orientações especializadas, a intenção é intensificar o trabalho conjunto dos apicultores com a formalização de uma associação para que a cadeia produtiva do mel se desenvolva.
De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Alyne Chicocki, a estruturação de um projeto voltado ao manejo profissionalizado impacta nos processos produtivos.
“O planejamento está alicerçado na inserção de rainhas de genética avançada, na alimentação continuada das colmeias e na orientação profissional, visando acelerar a produtividade e os resultados na qualidade do mel. Com a formalização da Associação, eles poderão realizar compras coletivas e adotar estratégias conjuntas de mercado”, conclui.
Produção de mel no Paraná
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná foi o segundo maior produtor de mel em 2021, com 8,4 mil toneladas. O Estado ficou atrás apenas do Rio Grande do Sul, que registrou uma produção de 9,2 mil toneladas.
Fonte: Sebrae Paraná
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