Segundo Imea, produtores já compraram 85% dos insumos para a próxima temporada, em que relação de troca da soja por fertilizantes é favorável.
A relação de troca entre os preços de alguns fertilizantes e da soja para entrega em março de 2022 em Mato Grosso continua favorável ao produtor, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em seu boletim semanal sobre o mercado de soja, o Imea estimou que os produtores mato-grossense já compraram 85% dos fertilizantes que utilizou no preparo do solo para plantio da safra 2021/2022, a partir de segunda quinzena de setembro.
O Imea projeta, também, que os agricultores já venderam 27% da produção da oleaginosa que começa a ser colhida em janeiro do próximo ano.
Do volume já adquirido do insumo, o Imea projeta que metade foi negociada por meio de contratos de permuta (troca de grãos pelo insumo). Isso, segundo o Imea, sinalizada que “os produtores estão aproveitando a boa relação de troca para travar seus custos da safra futura cada vez mais cedo”.
- Indicador do café arábica sobe mais de 30% em novembro
- Focos de raiva bovina aumentam no Paraná e somam 232 casos positivos
- Estrangeiros correm para comprar terras no Brasil; EUA lideram a disputa
- Por falta de pesquisador, IAC interrompe pesquisas em São Paulo
- CEO global do Carrefour e embaixador da França serão convocados pelo Senado
Em maio, a relação da troca entre o Super Simples (superfosfato simples) e a soja para março de 2022 foi de 14,4 sacas da oleaginosa por tonelada de fertilizante. Já a relação de troca do KCL (cloreto de potássio) ficou em 18,1 sacas de soja por tonelada de fertilizante.
As quedas nessas relações de troca foram, respectivamente, de 15,6% e 25,7%, antes do mesmo período de 2020, o que significa uma situação mais favorável ao produtor, que precisa desembolsar menos soja para obter o insumo.
Segundo o Imea, apesar da estimativa de alta média de 14,8% dos custos de fertilizantes na safra 2021/22 em Mato Grosso ante o ciclo atual, “a relação de troca tem sido favorecida pelo aumento dos preços da soja”.
Fonte: Estadão Conteúdo