Produtores de Minas Gerais afetados pela seca poderão renegociar dívidas

Agricultores conseguirão rever contratos e parcelas com o Banco do Brasil, maior operador de crédito agrícola do país.

Os agricultores mineiros afetados pela seca severa no estado poderão rever suas dívidas com condições exclusivas, segundo informou a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais, após reunião com o Banco do Brasil nesta terça-feira, 1°.

O gerente de Agronegócios do Banco do Brasil para Minas Gerais, Bruno Machado, afirmou que o banco vai renegociar os contratos de custeio e as parcelas que tenham vencimento ainda este ano. Ele acrescentou que, mesmo com a renegociação, os agricultores continuam tendo acesso às linhas de crédito, sejam pequenos, médios ou grandes produtores. 

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Segundo Machado, Minas Gerais é, hoje, a maior carteira agrícola do banco, com R$ 52 bilhões aplicados no estado. Em todo o país, o total é de R$ 330 bilhões.

Para o secretário de Agricultura do estado, Thales Fernandes, a iniciativa é fundamental para apoiar os produtores frente às intempéries climáticas. “Essa parceria mostra a força que o agro mineiro tem e a importância das linhas de financiamento para impulsionar a nossa agropecuária, para que ela continue a gerar renda, emprego e alavancando Minas Gerais. São oportunidades para que o produtor rural se mantenha no negócio e se fortaleça cada vez mais”, comentou em nota.

Para saber como acessar as condições, os produtores afetados pela seca devem procurar uma agência do Banco do Brasil em sua região. 

Garantia safra

Conforme a Seapa, além da renegociação, os recursos do Programa Garantia-Safra são outra possibilidade para quem foi afetado pela estiagem. “Este ano, o Governo de Minas repassou cerca de R$ 5,7 milhões ao Fundo Garantia-Safra 2023/2024, aproximadamente 12% a mais em relação ao repasse feito na safra anterior. O aumento do aporte ampliou em 11% o número de agricultores beneficiados, chegando a aproximadamente 40 mil”, disse a Secretaria em comunicado.

O benefício anual de R$ 1,2 mil é pago aos agricultores dos municípios que comprovem perdas de 50% ou mais das culturas cobertas pelo programa em razão de secas ou chuvas em excesso. O programa é destinado a residentes na região de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que atende 249 municípios de Minas Gerais.

Ações de prevenção e mitigação à seca

Para além dos recursos financeiros, os agricultores de Minas têm contado com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) para se adaptarem à seca.

“Os extensionistas rurais ensinam técnicas para reter água no solo, como o uso de plantas de cobertura para melhorar a infiltração de água e o uso da palhada, que sobra após o corte destas plantas, para proteger e ajudar na diminuição da sua temperatura do solo”, destacou a Seapa.

Por fim, a Secretaria de Agricultura também orienta que agricultores adotem outras práticas de conservação do solo e da água, como:

  • Construção de ‘barraginhas’ para captação de água;
  • Terraceamento (também conhecido como ‘curva de nível’); e
  • Cercamento de nascentes e recomposição das matas ciliares em rios e córregos.

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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