Propriedades rurais de Mato Grosso do Sul têm mais de um terço de suas áreas dedicadas a preservação da vegetação nativa.
As propriedades rurais de Mato Grosso do Sul têm mais de um terço de suas áreas dedicadas a preservação da vegetação nativa. É o que o aponta pesquisa da Embrapa Territorial com base nos dados numéricos e cartográficos de imóveis inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) até janeiro de 2018.
Conforme o estudo, o estado tem uma área total de 35,714 milhões de hectares. Desse total, 30,221 milhões de hectares são ocupados por 35,478 mil propriedades rurais. Essas propriedades destinam a preservação da vegetação nativa 11,127 milhões de hectares.
Essa área destinada a preservação corresponde, conforme o levantamento da Embrapa Territorial, a 36,8% do total dos imóveis rurais e 31,2% do território do estado.
O levantamento indica que Mato Grosso do Sul é o quinto do país – percentualmente, com maior área de preservação ambiental nas propriedades rurais. Somente tem índices maiores: Acre, com 46,2%; Distrito Federal, com 45,3%; Mato Grosso, com 39,2% e Tocantins, com 32,5%.
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No resumo técnico das informações de Mato Grosso do Sul, a Embrapa Territorial aponta, a título de comparação, que as áreas de vegetação protegidas que estão em unidades de conservação – excluindo as APAs (áreas de proteção ambiental), e em terras indígenas, correspondem a outros 1,288 milhão de hectares.
Essas áreas protegidas em unidades de conservação e terras indígenas equivalem a 3,61% de todo o território sul-mato-grossense. O território é quase nove vezes menor do que as áreas que estão nas propriedades rurais.
O estudo da Embrapa dividiu o território sul-mato-grossense em 11 microrregiões. A região do Baixo Pantanal, onde se localizam os municípios de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, foi a que registrou o maior percentual de áreas de vegetação nativa preservadas dentro dos imóveis rurais, 60%.
Na sequência aparecem: Aquidauana, com 54%; Alto Taquari, 35%; Bodoquena, 34%; Campo Grande, 28%; Cassilândia, 24%; Paranaíba; 24%; Três Lagoas, 23%; Nova Andradina, 22%; Iguatemi, 21% e Dourados, 20%.
Fonte: Anderson Viegas – G1 MS