Com um ganho de vinte uma arrobas em apenas 24 meses, a técnica traz inovação e maior lucro para o pecuarista que deseja obter maiores produtividades, o Boi 777!
O estudo que desenvolveu a técnica já tem dez anos e segue em constante aprimoramento na Associação Paulista de Tecnologia de Agronegócios (APTA), em Colina (SP), região da Alta Mogiana. Enquanto o Boi 777 atinge 21 arrobas em, no máximo, dois anos no sistema tradicional são necessários, no mínimo, três anos para que o animal atinja 18 arrobas. Com a tecnologia, é possível fazer um giro e meio nesse período.
Mais produtividade na pecuária já deixou de ser um diferencial e passou a ser palavra de ordem para quem atua no setor. O investimento em tecnologias de gestão, genética e nutrição de qualidade estão entre os pilares de uma fazenda que busca maior lucratividade dentro da pecuária.
Para quem está acostumado com as contas antigas, essa proposta parece mágica, e nisso a pecuária não acredita. Mas quem colocou em prática garante: os lucros são reais. A técnica tem ganhado fama e adeptos de norte a sul do pais, entenda melhor sobre a técnica.
O chamado “Boi 777” tem como resultado um animal inteiro (não castrado) com sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, totalizando 21 arrobas no momento do abate. Além da produção precoce, que proporciona melhor qualidade de carne, a tecnologia pode aumentar em até 30% os lucros dos pecuaristas.
Uma das principais exigências do modelo é a nutrição e bem-estar animal. “É necessário que sejam utilizadas diversas ferramentas para atingir esse resultado. O trabalho envolve, principalmente, manejo de pasto e suplementação alimentar. Toda dieta do rebanho deve ser pensada para potencializar o seu ganho de peso: pasto saudável o ano inteiro e suplementação correta são os principais ingredientes da fórmula”, explica Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador que também conduziu o trabalho na APTA.
Resumo sobre a aplicação da técnica:
A fase de cria é onde tudo começa e, por isso, deve ser muito bem realizada para não se ter problemas na desmama dos animais. As sete primeiras arrobas são essenciais para suportar as outras 14 que ainda estão por vir. Uma dica, ou exigência, é a utilização do creep-feendig.
Na recria, fase normalmente penalizada nas fazendas, nesse sistema não podemos ter uma nutrição “desvalorizada” nessa fase, já que o animal precisa ganhar mais 7@, isso significa dizer que ele precisa ter um ganho diário de peso de 750 gramas para atingir essas 21 arrobas.
Para fechar, temos a fase de engorda, é daqui que o boi precisa sair com 21@. O período de engorda dos bovinos é mais curto (quatro meses), por isso precisa de atenção especial. A recomendação é terminar o gado com dieta rica em grãos.
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Vale a pena investir?
“O conceito 7.7.7 faz com que a produção de arrobas por hectare aumente sensivelmente e os resultados de lucratividade da propriedade avancem muito. Para continuarmos a evoluir na pecuária de corte e ter alta rentabilidade, precisamos nos encaixar no parâmetro 7.7.7 nas três fases de produção, logicamente com a preparação e os cuidados inerentes ao processo. Esse conceito necessita de eficiência em todos os processos de modo a se alcançar uma produtividade que atenda tanto aos anseios do pecuarista quanto dos frigoríficos, trazendo um melhor resultado financeiro para toda a cadeia”, afirma o gerente da Phibro, Diede.