Fazendeiro monta armadilha para javali e captura onça. O produtor acabou multado por usar armadilha e animal foi solto em área de mata.
Um fazendeiro montou uma armadilha para capturar javalis e acabou capturando uma onça-parda, nesta quarta-feira, 10, na zona rural de Jales, interior de São Paulo.
Ao se deparar com o felino, um espécime macho, adulto, pesando cerca de 60 quilos, se debatendo na pequena jaula, o ruralista viu-se obrigado a acionar a Polícia Ambiental.
O homem acabou sendo multado por não ter autorização dos órgãos ambientais para o uso de armadilha na caça de javalis.
Os agentes precisaram usar uma gaiola especial para retirar a onça em segurança da armadilha. Depois de ser avaliado em suas condições de saúde, o felino foi levado de caminhonete e solto em uma área de mata da região. A identidade do ruralista e o valor da multa não foram informados.
Apesar de ter se adaptado aos novos ecossistemas paulistas, como o dos canaviais, a onça-parda, também conhecida como suçuarana ou puma, passou a ser considerada vulnerável na última lista de animais ameaçados do Brasil, feita em 2014 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Lembrando que a caça ao javali é permitida no Brasil, mas deve se obter a autorização junto ao Ibama!
Além da caça, o felino é vítima das queimadas em lavouras de cana-de-açúcar e de atropelamentos em rodovias.
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Ameaças às lavouras, principalmente, os javalis continuam sendo alvos de manejo (o termo caça não é utilizado) na Serra Catarinense. Dados oficiais da Polícia Militar Ambiental de Lages (PMA) indicam que, de 2010 para cá, já foram abatidos cerca de 7 mil animais. O maior número de abates ocorreu em 2015 (1.159).
O javali é um animal exótico que causa sérios danos ambientais, sobretudo nas plantações agrícolas. Ele está presente em todas as regiões de Santa Catarina, mas, em especial, na Serra e no Oeste catarinense. Além de danificar lavouras, comendo, fuçando e pisoteando as plantações, a espécie é agressiva e ameaça a saúde e a segurança das pessoas e de animais domésticos.
Fonte: Estadão