Na irrigação de um hectare, o produtor teve um custo de implantação do sistema de R$ 17 mil, com rendimento de 202 sacas, sem uso da irrigação, a produtividade ficou em 160 sacas por hectare.
O rendimento de mais de 200 sacas de milho, mesmo em um período de estiagem prolongada, deixou o produtor Waldecir Scolari, de Ipiranga do Sul, muito otimista. Ele cultivou dois hectares de milho com sistema de irrigação, em uma área que era utilizada com o cultivo soja no verão e pastagem no inverno.
A experiência com o cultivo irrigado foi compartilhada com cerca de 40 produtores e lideranças do município em Tarde de Campo, na propriedade localizada na comunidade Linha Inhaque, na quinta-feira (03/02), promovida pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura e Sicredi Scolari contou que foi incentivado pelo extensionista rural e engenheiro agrônomo do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Ipiranga do Sul Bruno Utermoehl.
Na irrigação de um hectare, por exemplo, o produtor teve um custo de implantação do sistema de R$ 17 mil, com rendimento de 202 sacas. Na safra passada, sem uso da irrigação, a produtividade ficou em 160 sacas por hectare, com diferença de 40 sacas. “Fui desafiado e no início não acreditei muito que a área teria toda esta produtividade. Dá trabalho, mas compensa”, ressalta o agricultor. Com o resultado obtido, o produtor contou que já fez projeto para aumentar em mais cinco hectares a área irrigada para a próxima safra. “A ideia é chegar a 230 a 250 sacas por hectare”, projetou confiante. No total, a propriedade tem área de 27 hectares que são destinadas às culturas de soja e milho.
Para demonstrar a alta produtividade, o extensionsita e o produtor expuseram os dados da propriedade, bem como as vantagens econômicas proporcionadas pelo sistema de irrigação e os requisitos para implantar o sistema na propriedade. Dentre as exigências, Utermoehl destacou a necessidade de reservação de água em quantidade suficiente para a área a ser irrigada, energia elétrica com carga compatível com o equipamento a ser instalado, projeto técnico viável, conhecimento para manejar uma lavoura de alta produtividade e atendimento à legislação ambiental.
Para atingir esta produtividade, produtor e Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) trabalharam juntos, alcançando um resultado positivo. “A cultura do milho em, todo seu ciclo, precisa de no mínimo 600 milímetros de água. E com o processo de irrigação na propriedade, de setembro e janeiro, chegamos a 660 milímetros (irrigação e chuvas)”, explicou o extensionista.
Abertura – A atividade foi acompanhada por diversas lideranças e parceiros, dentre elas o vice-prefeito, Fabiano Klein, os secretários municipais da Agricultura, Erlon Baruffi, do Meio Ambiente, Gilberto Toaza, de Obras, Eloir Pegoraro e o gerente regional da Emater/RS-Ascar em Erechim, Gilberto Tonello. Também prestigiaram o evento, o gerente da Carteira de Agronegócios do Sicredi, Dionatan Vitali, o vice-presidente da Creral (Cooperativa de Eletrificação Rural), Humberto Toazza, entre outros.
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O vice-prefeito agradeceu aos secretários, ao Sicredi, a Creral e demais lideranças, além da família do produtor. “A municipalidade está pronta a atender a todos. A Prefeitura é parceira para atender na construção de açudes, juntamente com as demais demandas”, afirmou.
Tonello agradeceu às parcerias da Prefeitura, das cooperativas Sicredi e Creral, que são fundamentais na propriedade, e a família pela cedência da propriedade para a atividade. “Estamos vendo aqui um exemplo de propriedade”, comentou ao destacar a importância do sistema de irrigação para tornar a propriedade mais produtiva. Também se pronunciaram os representantes do Sicredi, quanto aos recursos e financiamentos disponibilizados aos produtores. Já o representante da Creral destacou incentivos na área de energia elétrica para que as propriedades continuem aumentando suas produções.
Fonte: Emater/RS