Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a alta demanda do grão para alimentação animal impactou o resultado da produção de soja no Brasil!
A produção de soja registrou um incremento de 123% entre 2006 e 2017, segundo dados do Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a área colhida do grão teve alta de 72% e de estabelecimentos que investem na cultura, 9%.
O resultado comprova que o aumento de produção da oleaginosa não necessariamente precisa da abertura de novas áreas de cultivo. Um ponto chave no processo é o aumento de produtividade da safra em áreas já existentes, proporcionado pelo avanço das tecnologias. Com o resultado, a soja assumiu pela primeira vez em um censo agropecuário a liderança no valor de produção, desbancando a cana-de-açúcar, tradicionalmente campeã.
Os dados do Censo Agropecuário 2017 revelam que o valor da produção vegetal do país foi de R$ 308 bilhões. Desse resultado, a soja foi responsável por R$ 104 bilhões – ou seja, mais de um terço da produção vegetal total do país.
Em segundo lugar, aparece a cana-de-açúcar, contribuindo com R$ 49 bilhões, seguida pelo milho em grão, com R$ 34 bilhões, e o café arábica, com R$ 13,5 bilhões.
Demanda por soja
Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja. Segundo dados de 2018 da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a maior parte da soja produzida no Brasil tem como destino a exportação, seja como farelo, óleo ou, principalmente, o grão, gerando U$ 40,9 bilhões de valor.
O coordenador de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Octávio Oliveira, explica que um dos fatores que contribuiu para o impulsionamento da produção foi o aumento da demanda por carne de frango, carne de porco e ovos.
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“Como tanto a soja quanto o milho são fundamentais para a ração animal, consequentemente, temos uma maior demanda por esses grãos”, explicou.
Octávio também comenta que, apesar de perder espaço para a soja, a cana tem se mantido estável, pois a demanda ainda é grande. Entre outros fatores, está a versatilidade do produto, que serve como matéria-prima para o biocombustível, o açúcar para exportação e o álcool que é adicionado à gasolina.
Fonte: Canal Rural