Produção de leite de vaca chega a 34,8 bilhões de litros com melhora na produtividade; Segundo os dados divulgados pelo IBGE o rebanho segue em crescimento.
A produção nacional de leite em 2019 foi de 34,8 bilhões de litros, um aumento de 2,7%, atingindo o segundo maior volume da série histórica, iniciada em 1974, atrás apenas do ano de 2014 (35,1 bilhões de litros).
Com um aumento de 4,4%, o Sudeste voltou a ser o maior produtor de leite, com 34,3% de participação, posição que estava com a região Sul desde 2014. Esta, por sua vez, respondeu por 33,4% da produção. O Nordeste também foi destaque, com crescimento de 8,4%, maior aumento proporcional em nível regional. Minas Gerais seguiu como maior produtor, com 27,1% do total e aumento de 5,7%.
O efetivo de vacas ordenhadas em 2019 foi de 16,3 milhões de animais, 0,5% menor em relação ao ano anterior. Os três maiores estados em efetivos de vacas ordenhadas apresentaram decréscimos:
- Minas Gerais (-0,3%),
- Goiás (-2,3%)
- Paraná (-3,7).
Minas Gerais continuou com o maior rebanho leiteiro, com 3,1 milhões de cabeças de animais, equivalente a 19,3% do rebanho nacional. Goiás seguiu em segundo lugar, com 1,9 milhão de animais, e o Paraná ficou em terceiro lugar, com 1,3 milhão de vacas ordenhadas.
Com aumento na produção e decréscimo no número de animais, 2019 foi mais um ano com ganho de produtividade do rebanho leiteiro, atingindo a marca de 2.141 litros de leite/vaca/ano. A região Sul apresentou as maiores produtividades, liderada por Santa Catarina (3.816 litros de leite/vaca/ano).
O preço médio nacional pago pelo litro do leite subiu 6,7% em 2019, chegando a R$ 1,24 por litro. O valor da produção do leite apresentou acréscimo de 9,6%, resultado da combinação de aumentos na produção e no preço, atingindo R$ 43,1 bilhões.
O número de municípios produtores de leite chegou a 5.513. Dos dez maiores produtores, sete são mineiros. O primeiro lugar, porém, ficou no Paraná, no município de Castro, com 280 milhões de litros, apesar da redução de 4,2%. Em segundo lugar, Patos de Minas (MG) teve acréscimo de 1,5% e atingiu 195,8 milhões de litros de leite. Em terceiro lugar, ficou Carambeí (PR), com produção de 180,0 milhões de litros de leite.
Rebanho bovino supera 214 milhões de cabeças, diz IBGE
O rebanho bovino voltou a crescer em 2019, após dois anos consecutivos em queda, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada hoje (15) pelo IBGE. A leve alta de 0,4% garantiu a marca de 214,7 milhões de cabeças de gado, o que mantém o Brasil como o segundo maior rebanho bovino do mundo e o principal exportador desse tipo de carne.
“Em 2019, verificamos uma queda na participação das fêmeas no abate, sugerindo uma transição do ciclo de baixa para o de alta da pecuária, que é quando o produtor passa a reter fêmeas devido aos bons preços de mercado”, explica a supervisora da pesquisa Mariana Oliveira. Além disso, ela lembra que o ano foi marcado pelo recorde de carne bovina exportada, especialmente para a China, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, o que incentiva a produção de bovinos.
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Essa leve recuperação foi puxada pelo estado do Mato Grosso, que aumentou seu rebanho em 5,1% e segue como estado com mais cabeças de gado, 31,7 milhões, respondendo por 14,8% do total nacional. Entre as grandes regiões, o maior crescimento de rebanho bovino ocorreu no Nordeste, avançando 2,7%. O Centro-Oeste, contudo, concentrou um terço do rebanho do país (34,5%), seguido pelo Norte (23,1%), que vem crescendo nos últimos anos.
A cidade de São Félix do Xingu (PA) continuou líder no ranking de bovinos do país, com 2,2 milhões de cabeças de gado. Corumbá (MS) seguiu em segundo lugar (1,8 milhão). Já Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) despontou da sétima posição em 2018 para a terceira devido a alta de 14,0% do seu rebanho, somando 1,2 milhão de animais.
Compre Rural com informações do IBGE