O volume total de leite global em 2016 atingiu 596,31 bilhões de litros, aumento de 0,7% frente a 2015, segundo estimativa do USDA-Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que prevê que 2017 feche com um incremento de 1,8% em relação a 2016, atingindo 606,86 bilhões de litros.
O crescimento médio, de 2010 a 2015, foi de 2,9% ao ano. Para 2018, a estimativa é de incremento de 1,9% na produção, atingindo 618,5 bilhões de litros.
“A cotação mais alta de leite e derivados no mercado internacional e a demanda mundial crescente são os fatores de aumento da oferta a curto prazo”, explica Juliana Pila, analista de mercado da Scot, citando que o aumento de consumo de lácteos no cenário mundial tem sido puxado pelo incremento da demanda dos países asiáticos, com destaque para a China. No Brasil, dados de produção de 2016 totalizaram 33,62 bilhões de litros, queda de 2,8% se comparado com ano anterior.
Para 2017, segundo ela, de janeiro a outubro, a produção aumentou 2,2% comparando com o mesmo período do ano passado. “A produção vem crescendo com o clima favorável e também em função da queda nos custos de produção, especialmente da dieta”, diz Juliana. Para 2018, ela espera uma recuperação na produção, apostando num incremento de 1,8% no volume captado, voltando o país a produzir no patamar de 35 bilhões de litros.
Ainda como projeção, a analista da Scot diz que há expectativa de preços firmes para a cadeia do leite, especialmente para o primeiro semestre de 2018. “No entanto, a situação ainda é de cautela para o produtor, já que a atividade leiteira vem de dois anos ruins, de margens apertadas e prejuízos em muitos casos. O produtor de leite está descapitalizado e a sugestão é aproveitar resultados mais favoráveis para recompor o caixa”, analisa.
Fonte: Balde Branco