Safra global está estimada em 167 milhões de sacas e da América do Sul em 77,47 milhões de sacas de 60kg no ano-cafeeiro 2021-2022.
A produção de café na América do Sul foi estimada em 77,47 milhões de sacas de 60kg, volume que representa 46% da safra mundial do ano-cafeeiro 2021-2022. Os cinco maiores países produtores de café da América do Sul são: Brasil, cuja produção anual representa em média 76% da safra dessa região; seguido pela Colômbia, 17%; em terceiro, Peru com 5%; na quarta posição, vem a Venezuela com 1%; e, em quinto, o Equador (1%). Os demais países da América do Sul correspondem a menos de 1% da produção de café da região.
Em relação às exportações de café da América do Sul, no acumulado de cinco meses seguidos, no período de outubro de 2021 a fevereiro de 2022, as vendas aos países importadores totalizaram 24,99 milhões de sacas, volume que registrou uma queda significativa de 14,5% em relação ao mesmo período anterior, que foi de aproximadamente 28,61 milhões de sacas.
Neste contexto, vale destacar que as exportações do Brasil e da Colômbia tiveram redução expressiva no período desta análise. Nesse caso, as exportações dos Cafés do Brasil diminuíram 20,3%, ao atingirem o total de 16,98 milhões de sacas, haja vista que no mesmo período anterior foram exportadas 21,31 milhões de sacas. E as exportações da Colômbia também foram reduzidas nessa mesma base comparativa em 10,5%, com a venda de 5,34 milhões de sacas. Assim, verifica-se que a exportação desses dois países, que são os maiores produtores da América do Sul, representou em torno de 90% das vendas da região.
Convém esclarecer que para a Organização Internacional do Café – OIC, os países produtores de café são agrupados em quatro grandes áreas/blocos econômicos, a saber: América do Sul, Ásia & Oceania, África e México & América Central. E, ainda, o ano-cafeeiro global para a Organização compreende o período que abrange os meses de outubro a setembro.
Assim, os dados e números desta análise foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café março 2022, da Organização Internacional do Café – OIC. Tal Relatório está também disponível para consulta na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. As demais edições desse Relatório, desde julho de 2014, podem ser acessadas na íntegra no Observatório do Café.
Além disso, o Relatório de março de 2022 destaca que o consumo mundial do ano-cafeeiro 2021-2022 deverá atingir 170,3 milhões de sacas, com acréscimo de 3,3% em relação ao ano-cafeeiro anterior, cujo volume foi o equivalente a 164,86 milhões de sacas.
- Vaca Nelore Carina FIV do Kado bate recorde mundial de valorização
- ‘Boicote ao boicote’: cadeia produtiva de bovinos quer deixar o Carrefour sem carne
- Jonh Deere enfrenta possíveis tarifas com sólida estratégia, diz CEO
- Maior refinaria de açúcar do mundo terá fábrica no Brasil para processar 14 milhões de t/ano
- Pecuarista é condenado a 3 anos de prisão por matar mais de 100 pinguins na Argentina
Dessa forma, tendo em vista que, para fins de registro e análise, a OIC agrupa o consumo em seis blocos de países (África, Ásia & Oceania, México & América Central, Europa, América do Norte e América do Sul), contata-se que a demanda global será distribuída da seguinte forma nas mencionadas regiões: África, com o equivalente a 11,72 milhões de sacas, representa 7% do consumo global; Ásia & Oceania, com 40,83 milhões de sacas, 24%; México & América Central, com 5,40 milhões de sacas, 3%; Europa, com 54,20 milhões de sacas, 32%; e a América do Norte, que consumiu 31,91 milhões de sacas, as quais representam 19% do total da demanda mundial.
E, finalmente, para completar as seis regiões consumidoras, vale destacar que, a despeito de a produção da América do Sul representar no período objeto desta análise 46% da produção mundial, o seu respectivo consumo somará 26,72 milhões de sacas, o equivalente a 16% do volume mundial de consumo de café.
Fonte: Embrapa Café