Com os custos aliviando, a produção de suínos seguirá se expandindo neste ano, o que deve restringir ajustes mais significativos do preço do animal.
O relatório da Radar Agro, consultoria agro do Itaú Unibanco, divulgado ontem aponta uma desaceleração da produção de carne suína ao longo do último ano, porém alta oferta da carne no mercado restringe ajustes nos preços. De um ritmo de crescimento de 7,0% no 1T 22/21, a produção de carne suína fechou o último trimestre do ano expandindo 3,7% sobre o 4T 21. No total, foram produzidas 5,17 milhões de toneladas, aumento de 5,5% frente a 2021, marcando um novo recorde histórico. Já são nove anos consecutivos de crescimento da produção brasileira de carne suína.
Segundo o relatório da Radar, as exportações também tiveram um bom desempenho no ano, apesar de 1,5% menores que no ano anterior. Ainda assim, foi a segunda melhor marca histórica, com 1,1 milhão de toneladas. E com tamanha oferta, a disponibilidade interna foi 7,5% maior, da ordem de 4 milhões de toneladas, levando o consumo per capita ao recorde de 18,5 kg/habitante.
Conforme aponta a consultoria da Itaú, o ano de 2023 começou com aproximação entre os custos de produção da suinocultura e os preços do animal vivo, algo que há dois anos não víamos, mais em função de uma acomodação dos custos de ração estimada pela Embrapa do que de uma alta do animal.
Com os custos aliviando, acreditamos que a produção de suínos seguirá se expandindo neste ano, o que deve restringir ajustes mais significativos do preço do animal. A variável que pode vir a surpreender positivamente é a demanda chinesa, caso uma possível redução da oferta de carne suína do país asiático decorrente de surtos mais recentes de Peste Suína Africana se materialize, destaca especialistas da Radar.
Fonte: OP Rural com informações da Radar Agro
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