A relação entre a Guttera e a galinha-d’angola é fascinante, pois essas aves compartilham uma ligação ancestral como primas; conheça a verdadeira galinha pintadinha que pode valor ouro
As vastas paisagens da África abrigam uma riqueza inigualável de vida selvagem, das majestosas savanas às densas florestas tropicais. Entre as diversas espécies que habitam esse continente de beleza singular, as aves africanas se destacam por sua diversidade e fascínio. Entre elas, encontramos o encantador gênero Guttera, cujas espécies – a Pintada-plumífera e a Pintada-de-crista – capturam a imaginação dos observadores de aves em todo o mundo. Uma das características mais marcantes são suas pequenas pintinhas pelo corpo.
Neste artigo da Compre Rural, embarcaremos em uma jornada incrível para explorar as características e o charme distintivo das aves africanas, com um foco especial no gênero Guttera. Por fim, vamos entender melhor a familiaridade entre essa raça e a galinha-d’angola; confira.
Pintada-plumífera
Conhecida por uma variedade de nomes, incluindo pintada-de-penacho e pintada-emplumada, a Guttera plumifera é uma ave que faz jus ao seu nome. Encontrada nas florestas primárias úmidas da África Central, esta espécie apresenta uma plumagem exuberante e distintiva. Seu aspecto se assemelha ao de outras pintadas, porém, se destaca por sua crista reta e proeminente, além de um notável conjunto de acácia ao redor da mandíbula.
Um detalhe encantador reside na pele nua ao redor da face e pescoço, que exibe uma tonalidade cinza-azulada no oeste da África Central, contrastando com manchas alaranjadas na subespécie oriental schubotzi. Uma combinação de elegância e graciosidade que torna a Guttera plumifera uma verdadeira joia das florestas africanas.
Pintada-de-crista
Do outro lado do continente, na África Austral, encontramos a Pintada-de-crista, também conhecida como fraca-cristata ou fraca-de-cristata. Pertencente à mesma família, esta espécie possui suas próprias características marcantes. Habitante de matas abertas, bosques e mosaicos de floresta-savana, a Guttera pucherani destaca-se pela presença de plumas negras distintivas no topo da cabeça, conferindo-lhe uma elegância singular.
Anteriormente agrupada sob o nome de pintada com crista, a Pintada-de-crista é agora reconhecida como uma espécie única, encontrada em regiões que abrangem desde a Somália até a Tanzânia e além.
Singularidade da Guttera
O que torna o gênero Guttera verdadeiramente cativante vai além de suas plumagens distintivas e habitats diversos. Essas aves, quando adultas, alcançam cerca de 50 cm de altura, o que as coloca em uma categoria intermediária em termos de tamanho dentro da família Numididae. Sua presença não passa despercebida nas paisagens africanas, adicionando uma pitada de charme e mistério aos ecossistemas que habitam.
Em um mundo onde a biodiversidade enfrenta desafios crescentes, é essencial reconhecer e valorizar espécies como essas aves. Sua beleza singular e papel nos ecossistemas africanos – como na regulação das populações de insetos, pequenos animais e dispersão de sementes – contribuem para o equilíbrio ecológico e destacam a importância da conservação e proteção da natureza. Cada exemplar é mais do que uma simples ave, é uma obra-prima da evolução e uma herança preciosa que devemos preservar para as gerações futuras.
Qual o valor um exemplar?
No contexto da criação e comércio de aves, os valores atribuídos aos animais refletem não apenas suas características físicas, mas também sua genética, procedência e potencial reprodutivo. Os casais de Guttera são disponíveis por uma média de R$ 9.300, representam um investimento significativo para criadores e entusiastas. Esses animais são selecionados a dedo, provenientes de matrizes com excelente genética e histórico de saúde, além de serem submetidos a processos de vermifugação para garantir sua saudabilidade.
A ausência de consanguinidade entre os casais é um fator crucial na hora da venda, pois evita problemas genéticos decorrentes do cruzamento entre parentes próximos, assegurando a vitalidade e diversidade genética da progênie. Além disso, o fato de as aves serem sexadas, ou seja, terem seu sexo identificado de forma confiável, facilita o manejo e a reprodução controlada, contribuindo para a eficácia dos programas de criação e conservação das espécies.
Guterra, prima da galinha-d’angola
A relação entre a Guttera e a galinha-d’angola é fascinante, pois essas aves compartilham uma ligação ancestral como primas dentro da família Numididae. Enquanto a Guttera é representada por espécies como a Pintada-plumífera e a Pintada-de-crista, a galinha-d’angola, cientificamente conhecida como Numida meleagris, é uma das aves mais reconhecidas e distintas da família.
Também originária da África e introduzida em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil pelos colonizadores portugueses, a galinha-d’angola é notável por sua plumagem preta com pintas brancas e pelo característico capacete ósseo sobre a pele desnuda. No entanto, sua conexão com a Guttera vai além das aparências. Assim como as aves do gênero Guttera, a galinha-d’angola é conhecida por sua natureza agitada e por viver em bandos organizados, onde cada grupo possui um líder responsável pela vigilância e organização do grupo.
Num mergulho na elegância e diversidade das aves africanas, o gênero Guttera emerge como um tesouro biológico, cujas espécies, como a Pintada-plumífera e a Pintada-de-crista, encantam com suas características únicas e seu papel vital nos ecossistemas. Ao explorarmos a ancestralidade compartilhada com a galinha-d’angola, somos lembrados da intrínseca teia evolutiva que une essas aves, ressaltando a importância da preservação da biodiversidade africana. Diante dos desafios da conservação, é essencial reconhecer e valorizar a beleza e a riqueza dessas espécies, garantindo um futuro sustentável para as aves e para o nosso planeta.
Caso você tenha interesse em criar essa bela ave você poderá buscar na internet. As fotos que ilustram a matéria são do Quinta do Couto de Rio Verde, em Goiás.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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